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E se a Microsoft tivesse lançado um Xbox portátil?

Temendo perder força nos consoles ao se dedicar à criação de um Xbox portátil, ex-executivo explica porque a Microsoft nunca lançou um "Xboy"

3 anos atrás

Passados quase 20 anos desde o lançamento do seu primeiro videogame, hoje não resta dúvida de que a Microsoft conseguiu algo que várias outras gigantes nem chegaram perto, que foi se consolidar no mercado de consoles. Mesmo assim, muitas pessoas ainda questionam porque a empresa nunca lançou um Xbox portátil e se você acha que seria relativamente fácil eles colocarem tal dispositivo nas lojas, saiba que internamento tal possibilidade sempre foi tratada com muito mais desconfiança.

Como poderia ser um Xbox portátil

Crédito: @FakesForge

Depois de afirmar há alguns anos que a desistência de criar um Xbox portátil teria sido fruto de uma mistura de falta de recursos com falta de foco, quem voltou a falar sobre o assunto foi um dos responsáveis pela entrada de empresa nesta área e ex-presidente da Divisão de Entretenimento e Dispositivos da Microsoft, Robbie Bach.

Ao participar do New York Game Awards, o executivo teve a oportunidade de explicar melhor a situação e novamente afirmou que o problema não estaria exatamente no dinheiro, mas no quão exigente seria abraçar um projeto deste tamanho.

Durante o meu tempo na [divisão] Xbox houve pelo menos três grupos que fizeram apresentações de um Xbox portátil. Eles sempre foram chamados de Xboy, por alguma razão. Teria sido um problema de marca registrada, com certeza. Todas as três vezes decidimos que não faríamos aquilo.

Eu tenho um grande respeito pela Sony e pela Nintendo por serem capazes de estar em ambos os mercados. Porque todo mundo diz, ‘Oh, [os consoles e portáteis] estão relacionados e há uma grande vantagem nisso e é fácil ir de um para o outro’. E eu acho que na verdade, naquela época — o Switch mudou tudo isso, eu suponho — mas na época eles eram bem diferentes. E isso significaria começar outra equipe. Teria sido como começar o Xbox [de novo], exceto por criar um dispositivo portátil. E nós simplesmente não tínhamos energia para fazer isso.

Ainda de acordo com Bach, vários funcionários da empresa simplesmente não deixavam a ideia de um Xbox portátil morrer, com equipes incessantemente surgindo com novas propostas para que o aparelho fosse criado. Porém, ele sempre acabava negando os projetos, pois acreditava que o melhor seria dedicar todo o esforço das pessoas na parte dos consoles, mais precisamente, no Xbox 360.

Mesmo assim, as seguidas negativas não impediram que por algumas vezes a Microsoft tenha chegado a projetar, segundo palavras de Phil Spencer, “versões grosseiras” de um videogame portátil. Mesmo acreditando que o futuros dos videogames está na televisão, em 2017 o chefe da divisão Xbox elogiou o que a Nintendo tem feito no ramo dos portáteis, com o Switch tendo sido uma bela ideia ao nos permitir que o nosso console possa ser levado para qualquer lugar.

O sucesso do Nintendo Switch inclusive fez com que algumas pessoas apostassem que para a nona geração, tanto a Microsoft quanto a Sony também investiriam na criação de um híbrido, mas no fim das contas elas preferiram fazer com que o PlayStation 5 e o Xbox Series X focassem na força bruta e ocupassem apenas as salas de estar dos consumidores.

Particularmente não acho que isso seja um problema, mas fico pensando como seria bom se tivéssemos mais opções no mercado mobile. E nem digo isso em relação a criação de um PS Vita 2 ou um Xboy, mas e se com a chegada de uma nova geração as empresas lançassem modelos portáteis equivalentes aos seus consoles anteriores? Imagine algo como um PlayStation 4 ou um Xbox One portátil, que fossem capazes de entregar toda (ou quase toda) beleza visual daqueles videogames, mas que contassem com uma tela e bateria com razoável duração?

Crédito: Reprodução/Microsoft

De certa forma, pelo menos no caso da Microsoft isso acabou acontecendo e graças ao poder da nuvem. Hoje com um celular, um gamepad e uma assinatura do Project Cloud é possível termos acesso a diversos títulos da família Xbox em qualquer lugar que permita um bom acesso a internet.

A solução pode não ser a ideal e eu sinceramente preferia um aparelho dedicado. Porém, mesmo sabendo que isso é um tanto utópico, acho que se tais dispositivos existissem e fossem vendidos por um preço acessível, acredito que eles poderiam satisfazer o desejo de uma boa parte dos jogadores e seriam uma bela tentativa de conquistar uma fatia de um bolo que hoje só é produzido pela Nintendo.

No entanto, a verdade é que os anos já mostraram que quando se trata do mercado mobile, ninguém consegue incomodar a fabricante japonesa por muito tempo e por isso entendo a resistência da Microsoft — e de alguns anos para cá até da Sony — em apostar nesta área.

Fonte: TheGamer

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