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China já corresponde a 20% da receita global da Apple

Graças à China, as receitas da Apple dispararam, segundo o relatório financeiro do Q2 FY 2021 (findo em mar 21).

3 anos atrás

A Maçã de Cupertino acaba de apresentar o relatório financeiro do segundo trimestre fiscal de 2021 (Q2 FY 2021), período que correspondeu ao primeiro trimestre civil deste ano, abrangendo os meses de janeiro a março. Apesar de ser um período normalmente fraco em relação às vendas no ocidente, os lançamentos do trimestre anterior agradaram aos fãs asiáticos da Maçã, em especial os da China.

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Tim Cook no recente evento de abril da Apple (crédito: Apple)

Vamos aos números:

RELATÓRIO FINANCEIRO DA APPLE
Período → Q2 FY 2020
(janeiro a março de 2020)
Q2 FY 2021
(janeiro a março de 2021)
Diferença
Receita US$ 58,31 bilhões US$ 89,58 bilhões + 53,63%
Lucro US$ 11,25 bilhões US$ 23,63 bilhões + 110,06%

Embora o coronavírus tenha feito o lucro da Apple cair (levemente) no Q2 FY 2020, um ano depois vemos o lucro mais que dobrar e a receita crescer mais de 50%: há uma forte demanda por iGadgets, especialmente na China. A receita quase encostar na marca de noventa bilhões de dólares no primeiro trimestre civil do ano é um feito histórico!

A terrível pandemia de COVID-19, agora já quase sob controle na civilização, não impediu a Maçã de Cupertino de divulgar hoje (28/04) os principais dados financeiros nos três meses terminados em 27 de março de 2021. O tio Laguna se pergunta quando a contabilidade da empresa vai incluir os dias ausentes para coincidir com o trimestre civil (eu sei).

Podemos ver que a Apple lucrou US$ 259,67 milhões diariamente nas 13 semanas que compõem o período divulgado, arrecadando em média quase US$ 1 bilhão por dia. É uma arrecadação maior que a do período equivalente de 2020, representando essa bela alta de 110% no lucro em relação a tal período do ano passado.

Vejamos quanto cada produto arrecadou:

SUMÁRIO DE RECEITAS DA APPLE
Período → Receita
Q2 FY 2020
Receita
Q2 FY 2021
diferença
em relação a
Q2 FY 2020
iPhone US$ 28,96 bilhões US$ 47,94 bilhões + 65,52%
Mac US$ 5,35 bilhões US$ 9,1 bilhões + 70,1%
iPad US$ 4,37 bilhões US$ 7,81 bilhões + 78,73%
vestíveis e acessórios US$ 6,28 bilhões US$ 7,84 bilhões + 24,7%
assinaturas US$ 13,35 bilhões US$ 16,9 bilhões + 26,6%
TOTAL: US$ 58,31 bilhões US$ 89,58 bilhões + 53,63%

Novos lançamentos como MacBooks com Apple M1 e os vários modelos de iPhone 12 foram as estrelas das festas de fim de ano, e tais festas lá na civilização se estenderam para o primeiro trimestre civil. Os smartphones, computadores e tablets com a Maçã estampada foram os maiores responsáveis pela arrecadação recorde.

Dos 89,58 bilhões de dólares arrecadados pela Apple no mundo entre janeiro a março de 2021 (Q2 FY 2021), US$ 17,73 bilhões vieram somente da China. Isso corresponde a um quinto (20%) da arrecadação global da Apple em tal período.

Comparando com o período equivalente de 2020 (Q2 FY 2020), temos um crescimento geral de 87,5% na arrecadação da Maçã de Cupertino no País do Meio. A China ainda não é o principal mercado consumidor de produtos da Apple, mas foi o que mais cresceu percentualmente nesse período do ano.

Os consumidores europeus (22,3 bilhões de dólares em receita, um quarto da global) deram à Apple no primeiro trimestre civil um aumento de 55,76% na arrecadação europeia. Já o continente americano (maior mercado, com 38,3% da receita, US$ 34,3 bi) respondeu por alta da arrecadação regional de “apenas” 34,68% em relação ao Q2 FY 2020.

Como a empresa que vale US$ 2,24 trilhões não divulga mais dados de vendas unitárias de seus produtos, nem muito menos quanto estão vendendo em cada região do planeta no trimestre mais rentável, apenas podemos dizer que a Apple possui muito a crescer no mercado chinês. O povo do País do Meio talvez esteja enjoado das imitações, dos produtos genéricos similares.

Fontes: 9 to 5 Mac e Bloomberg.

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