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Final Fantasy X: quando o inimigo “invencível” foi derrotado

Curioso pelo o que aconteceria, jogador gasta 110 horas no Final Fantasy X para derrotar um inimigo de uma maneira aparentemente impossível

2 anos e meio atrás

Para desenvolver um jogo é preciso a implementação de uma série de regras. Seja por limitações técnicas, seja por meras decisões de design ou de enredo, qualquer título estará repleto delas e na maioria das vezes simplesmente as aceitamos e nos sujeitamos a dançar conforme a música. Porém, a curiosidade é algo inerente ao ser humano e para saber o que aconteceria caso um certo inimigo do Final Fantasy X fosse derrotado de uma maneira diferente, um jogador fez o que parecia impossível.

Final Fantasy X

Crédito: Reprodução/Youtube/Square Enix

Lançado originalmente para o PlayStation 2 em 2001, Final Fantasy X apresenta a história de Tidus e um grupo de pessoas que se juntam para derrotar um terrível monstro conhecido como Sin. Como todo bom RPG, ele nos colocará para viajar por diversos locais, conhecer vários personagens que poderão se juntar à nossa missão e enfrentar inimigos muito difíceis de serem derrotados.

E entre as muitas ameaças aparentemente indestrutíveis que cruzarão o nosso caminho, uma está bem no início da aventura, na ilha Besaid, com ela tendo sido colocada lá para servir como um tutorial. Conhecido como Water Flan, como o próprio nome deixa claro o monstro é baseado na água, sendo capaz de recarregar sua energia sempre que ela se torna inferior a metade e mostrando-se imune a ataques físicos.

Pois esta foi a deixa para que a equipe responsável pelo jogo nos apresentasse às magias. Após desferirmos um golpe no gelatinoso monstro, o nosso amigo Wakka dirá que esta abordagem não surtirá efeito e assim ele chama para o combate a especialista em magia negra, Lulu.

Seguindo as instruções da personagem conseguiremos avançar sem muitos problemas, mas o que alguns se perguntavam era: e se tivermos força suficiente para causar um ataque superior a 315 pontos no Water Flan? O problema é que chegar a este nível antes do mencionado confronto é algo muito difícil, já que os monstros do local dão pouquíssima experiência, mas isso não foi impeditivo para um sujeito conhecido no Youtube como Warrior Of Light.

Querendo saber o que aconteceria caso fosse capaz de vencer a batalha antes da entrada da Lulu, o paciente jogador se dedicou a subir o nível do protagonista e depois de, acredite, quase 110 horas (!) naquela que deve ter uma das experiências mais entediantes com um capítulo da franquia, ele atingiu o objetivo.

Como pode ser visto no vídeo que registrou a façanha e que demonstra que os criadores do Final Fantasy X não previram que alguém teria tanta perseverança, derrotar o Water Flan desta maneira infelizmente não muda o rumo dos acontecimentos, com os dois amigos do protagonista disparando suas falas como se o monstro ainda estivesse por ali.

Como muito bem-dito pelo paciente herói que um dia teve o sonho de testar os limites do Final Fantasy X, “foram 101 horas de trabalho para uma questão realmente idiota, mas tudo em nome da ciência.

Eu entendo as pessoas envolvidas na produção não terem se preocupado em preparar uma alternativa para o diálogo, já que ele seria visto por poucas pessoas, mas este é o tipo de atenção a detalhes que sempre considero fantástico.

Um exemplo disto pode ser visto no The Legend of Zelda: Breath of the Wild, onde se seguirmos o roteiro como planejado aprenderemos sobre as Divine Beasts e o Calamity Ganon ao visitarmos a Kakariko Village.

Contudo, até devido a liberdade que o jogo nos dá, é possível partir direto para um dos enormes monstros (o Vah Ruta) sem passarmos pela vila e conversarmos com a Impa e ao fazer isso, em determinado momento será executada uma cena não-interativa exclusiva. Nela a princesa Zelda se comunicará telepaticamente conosco e de forma bem mais rápida, nos explicará a história.

O caso do Final Fantasy X ainda me fez lembrar do Asylum Demon, primeiro chefe que enfrentamos no Dark Souls e que também serve como um tutorial. Como deve ter acontecido com muitos, a primeira vez que cheguei nele não fui capaz de causar muitos danos, tendo sido derrotado rapidamente.

Depois, conforme fui me tornando um jogador melhor no título da FromSoftware, descobri que a morte naquele confronto não era obrigatória e que com um pouco de paciência e habilidade era possível matar o terrível monstro.

Contudo, eu não acho que o antigo RPG da Square seja pior por não ter um diálogo alternativo ao vencermos o Water Flan sem usar magia, mas detalhes assim ajudam a aumentar a imersão. Até por ser um jogo lançado há duas décadas, esta é uma “falha” que considero relevante, mas atualmente, onde o público está sempre sedento por encontrar algum segredo, ficará cada vez mais difícil as pessoas ignorarem a falta de desfechos alternativos para quando as regras forem quebradas — mesmo que quase ninguém esteja disposto a perder parte de suas vidas para fazer isso.

Fonte: Destructoid

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