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Fãs adicionam duas cidades ao Warhammer Online

Oito anos após os servidores do Warhammer Online terem sido desligados, grupo consegue adicionar duas cidades que foram cortadas pela desenvolvedora

2 anos e meio atrás

Em setembro de 2008 a Mythic Entertainment lançou aquele que tinha tudo para se tornar um dos maiores MMOs de todos os tempos. Com o nome de Warhammer Online: Age of Reckoning, o jogo foi elogiado pela imprensa, conseguiu registrar um pico de 800 mil jogadores nas primeiras semanas, mas ainda naquele ano o interesse do público despencou.

Warhammer Online: Age of Reckoning

Crédito: Divulgação/Mythic Entertainment

Com a Electronic Arts amargando um prejuízo que ultrapassava a casa de US$ 1 bilhão naquele ano fiscal e sem a quantidade suficiente de pessoas pagando a mensalidade para jogar o WAR, a primeira medida tomada pela editora foi reduzir o número de servidores disponíveis. Porém, aquilo que muitos passaram a temer só aconteceria em dezembro de 2013.

Mesmo com a Mythic trabalhando na época em uma versão gratuita do jogo, o acordo do estúdio com a Games Workshop não foi renovado e para a tristeza daqueles que ainda se dedicavam ao Warhammer Online, ele parou de funcionar no dia 18 daquele mês. Quer dizer, parou de funcionar oficialmente.

Até por se tratar de um gênero que costuma arrastar uma legião de fãs consigo, era de se imaginar que alguns jogadores fariam o possível para reativar o MMO, o que de fato aconteceu em setembro de 2014. Desde então o Return of Reckoning tem sido mantido por um grupo aficionado pelo título e se isso não fosse motivo suficiente para serem elogiados, eles ainda se dispuseram a dar continuidade a uma parte do trabalho que o pessoal da Mythic se viu obrigado a abandonar.

Acontece que inicialmente o estúdio tinha planos para adicionar seis grandes cidades ao Warhammer Online, para assim evidenciar um dos principais diferenciais do jogo, que eram as batalhas entre reinos. Porém, devido ao apertado cronograma, a versão que acabou chegando as lojas contava com apenas duas delas, o que evidentemente frustrou algumas pessoas.

Tudo indicava que a ideia da desenvolvedora nunca sairia do papel, mas após vasculhar os arquivos do jogo, algumas pessoas descobriram que boa parte de duas outras cidades haviam sido concluídas. Então, valendo-se de muita paciência e conhecimento, recentemente o servidor alternativo recebeu a inacreditável adição de Karaz-A-Karak e Karak Eight Peaks, cidades que haviam dado as caras apenas durante o período em que o jogo esteve em fase de testes.

A façanha provavelmente seria o suficiente para as pessoas envolvidas com este projeto se darem por satisfeitas, mas o que elas alcançaram até aqui ainda não deve ser o fim da história do MMO. A ideia deles é continuar fazendo o jogo evoluir, inclusive alterando algumas características da própria estrutura:

Seguindo adiante, temos planos de implementar um novo sistema de Cerco de Cidades que é diferente do atual que temos para as raças Chaos e Empire. Também temos planos de implementar a Land of the Dead, que é uma nova área de PvP. Planejamos implementar masmorras perdidas e certamente planejamos trazer novos procedimentos de cercos e armas.

Pois o resultado deste fantástico empenho das pessoas que tem mantido o Warhammer Online: Age of Reckoning não só funcionando, como sendo aperfeiçoado pode ser visto no interesse dos jogadores. É comum vermos cerca de 500 pessoas se aventurando pelo Return of Reckoning a qualquer momento, sendo que quando é realizado algum grande evento, este número pode dobrar ou até mesmo triplicar.

Tudo isso me faz sentir uma tremenda vontade de dar uma chance à esta criação da extinta Mythic Entertainment, mesmo porque várias vezes vi pessoas o elogiando por tentar trazer algumas ideias interessantes ao gênero. O problema é que eu nunca consigo me dedicar como deveria a títulos assim, principalmente por achar que eles consumem muito tempo e se nem voltar para o Guild Wars 2 eu tenho conseguido, desconfio que iniciar um novo MMO a esta altura não seja uma boa ideia.

Desejos a parte, o que muitos ainda não entendem é como a Electronic Arts e a Games Workshop continuam fazendo vista grossa para o servidor, afinal ele segue utilizando material protegido por direitos autoriais sem a devida autorização. Uma possibilidade é que o projeto não aceita qualquer tipo de contribuição financeira, supostamente fazendo com que tais empresas prefiram fingir que ele nem existe e assim evitando arrumar briga com uma comunidade que se não é imensa, já mostrou ser completamente apaixonada.

De qualquer forma, o grupo afirma que enquanto lhes for permitido, eles continuarão tentando levar o Warhammer Online ao limite e assim, quem ousará duvidar do que esse pessoal será capaz de realizar?

Fonte: Gamespot

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