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Citadel poderá ser novo capítulo da série Half-Life

Funcionando como uma mistura de RTS com jogo de tiro, Citadel estaria sendo desenvolvido com foco no portátil da Valve, o Steam Deck

2 anos atrás

É inevitável, de tempos em tempos surgem alguns rumores sobre o futuro da franquia Half-Life, mas apesar do clamor dos fãs, a Valve segue resistindo a lançar uma continuação direta. Pois de acordo com uma nova rodada de especulações, isso deverá continuar pelo futuro próximo, com o suposto projeto Citadel caminhando para uma direção bem diferente da que poderíamos imaginar.

Half-Life: Alyx Citadel

A Citadel em Half-Life: Alyx (Crédito: Divulgação/Valve)

Quem levantou a história desta vez foi Tylver McVicker, também conhecido como o criador do Valve News Network e que em sua conta no Youtube publicou um vídeo onde fala sobre quais deverão ser os próximos passos para a série. Citando fontes ligadas ao desenvolvimento, ele afirmou que no momento não existe nenhuma grande equipe interna trabalhando em jogos que não estejam diretamente ligados ao hardware que a Valve lançará em 2022, o Steam Deck.

No momento a Valve está tentando lançar o Steam Deck e como muitas pessoas já perceberam, o Steam Deck tem sido mais bem-sucedido do que inicialmente previsto, então a Valve está investindo muito nisso.

Half-Life 3, Half-Life 2: Episode 3, qualquer tipo de jogo de tiro em primeira pessoa tradicional com mouse e teclado, na Valve não tem espaço. E se tiver, é com um grupo muito pequeno de pessoas e esses indivíduos não serão vistos pelos superiores como geradores de valor.

Isso, no entanto, não necessariamente significa que a história de Gordon Freeman não esteja perto de ter uma continuação. Segundo o Youtuber, o final do Half-Life: Alyx deixa a brecha para que o protagonista retorne e uma maneira da Valve fazer isso poderia ser através do Citadel.

Idealizado com o intuito de divulgar os recursos do Steam Deck, o suposto jogo fugiria um pouco do estilo mais tradicional da franquia, sendo um híbrido entre jogo de tiro em primeira pessoa e estratégia em tempo real. Se as informações obtidas por McVicker estiverem corretas, o título poderia ser descrito como se o “Left 4 Dead, Alien Swarm, (algum ) RTS e o Half Life tivessem um bebê.

Quem aí também quer um Steam Deck? (Crédito: Divulgação/Valve)

Por se tratar de uma mistura com elementos tão distintos, confesso ter uma certa dificuldade em imaginar o que poderia surgir desta farofa. Por outro lado, acho interessante essa ideia de a empresa estar pensando no Citadel como uma forma de divulgação para o seu portátil e antes que os jogadores de PC fiquem furiosos com isso, existe um detalhe que serve para lhes deixar mais tranquilos.

Isso porque de acordo com uma página de perguntas e respostas dedicadas ao Steam Deck e voltada para desenvolvedoras e editoras de jogos, ao ser questionada se há interesse por parte da Valve de que jogos sejam criados exclusivamente para o portátil, a resposta dada foi a seguinte:

Não, isso não faz muito sentido para nós. O Steam Deck é um computador e deve jogar jogos como tal.

Isso quer dizer que, por mais que o Citadel esteja sendo pensado para ser aproveitado com alavancas analógicas, trackpads ou botões e assim ajudar a mostrar do que o Steam Deck é capaz, a Valve não estaria pensando em virar as costas para o seu principal público, que são aqueles que jogam no PC.

De fato, limitar um novo Half-Life a um público tão menor certamente poderia ser considerado como um grande desperdício, mas temos que lembrar que foi justamente isso o que a empresa de Gabe Newell fez com seu último lançamento,  Half-Life: Alyx. Além disso, o Steam Deck rodará uma versão modificada do SteamOS, fazendo com que sua interface se assemelhe muito mais a o que temos nos consoles, então não espanta as pessoas terem pensado que uma exclusividade poderia acontecer.

Quanto a um novo Half-Life, no início deste ano Newell chegou a dizer que tem obtido sucesso ao não falar sobre o assunto e que pretende continuar fazendo isso até que haja algo mais concreto a ser discutido. Para ele, ao fazer isso os fãs não têm surgido com perguntas cada mais difíceis de serem respondidas e considerando o quanto a série é adorada, consigo entender o executivo.

Half-Life Citadel

Crédito: Reprodução/Yuri Kondo/ArtStation

O que é o Citadel?

Mas se o Half-Life 3 parece longe, o que resta é colocar nossas fichas no Citadel. Porém, sem que maiores detalhes sobre ele tenham sido revelados, até a sua existência é duvidosa. A Valve mesmo nunca oficializou sua produção, com o primeiro indício dele tendo aparecido em uma atualização para o Dota 2 que ocorreu em abril de 2019.

Porém, até esta nova publicação feita por Tylver McVicker, a especulação era de que o jogo fosse voltado para os dispositivos de realidade virtual, tecnologia em que a Valve tem apostado bastante ultimamente. Esta teoria ganhou força na metade de 2020, quando o responsável pelo The Game Awards, Geoff Keighley, revelou que uma pequena equipe estava trabalhando em um ultra-secreto jogo para RV. Detalhe, isso aconteceu no livro interativo The Final Hours of Half-Life: Alyx, então bastou as pessoas ligarem os pontos.

Depois o próprio McVicker falou que o Citadel deveria permitir partidas multiplayer assimétricas onde algumas pessoas jogariam no PC, enquanto outras estariam usando um HMD. Além disso, ele ainda teria ouvido que um dos aspectos mais importantes da mecânica seriam bots liberados pelos jogadores, o que de certa forma soa como o que fazemos em jogos de estratégia.

Half-Life 2: Episode One (Crédito: Reprodução/Solidsnake160/DeviantArt)

Ou seja, a menos que alguma grande mudança tenha ocorrido no projeto — o que por sinal é bem comum — e eles tenham passado a focar no Steam Deck, talvez tudo o que tem circulado por aí possa estar na versão final do Citadel. Ao misturar FPS com RTS, a Valve poderia conquistar mais um público, quem sabe até fazendo com que o título pudesse ser compatível com o Valve Index e com os demais óculos de realidade virtual.

Talvez o jogo acabe não sendo a continuação que queríamos, mas depois de tanta espera, talvez o melhor que a Valve possa fazer é justamente isso: explorar o fascinante universo do Half-Life com alguns spin-offs e deixar que o desfecho para a saga de Gordon Freeman permaneça apenas na imaginação dos fãs. É o que eu gostaria? Certamente não, mas assim a empresa evita toda a reclamação que um terceiro capítulo (ou terceiro episódio) certamente geraria.

Fonte: VideoGames Chronicle

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