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Com Dying Light, Techland ensina como manter um jogo vivo

Dying Light recebe atualização gratuita para a Enhanced Edition e mesmo sete anos após o lançamento do jogo, Techland não cansa de lhe trazer novidades

2 anos atrás

Em 2011 a Techland foi responsável por decepcionar várias pessoas com o lançamento do Dead Island e foram precisos quatro anos para que o estúdio conseguisse se redimir. Com o Dying Light a desenvolvedora conseguiu entregar um produto muito melhor acabado e apesar de todo o conteúdo que ele trazia, o tempo nos mostraria que os poloneses tinham uma importante lição a ensinar às empresas que costumam abandonar suas criações logo após elas chegarem às lojas.

Dying Light

Crédito: Divulgação/Techland

Pouco mais de um ano após o lançamento do título, a Techland expandiu consideravelmente seu universo com a excelente expansão The Following. Com ela os jogadores ganhavam acesso a uma nova área da cidade de Harran, com o novo mapa sendo duas vezes maior que o original e trazendo veículos que podiam ser pilotados.

Além daquele conteúdo adicional, vários outros menores foram chegando ao Dying Light, quase sempre apenas adicionando armas e equipamentos ou trazendo participações especiais, como aquela que adicionava personagens da franquia Left 4 Dead.

Dado o sucesso comercial que o Dying Light continuava fazendo, não dá para dizer que foi uma grande surpresa os seus criadores continuarem explorando esse interesse do público. Contudo, o que talvez nem o mais otimista funcionário da Techland poderia imaginar, era que a vida útil do jogo se estenderia por tanto tempo.

Numa época em que os títulos costumam ser abandonados tão rapidamente e em que mesmo aqueles comercializados com o pomposo status de “jogos como serviço” são deixados de lado para abrir espaço para continuações (Destiny, estou olhando para vocês!), quem poderia apostar que, mesmo tanto tempo depois o Dying Light ainda manteria alguma relevância?

Com várias atualizações sendo lançadas ao longo dos anos, pode até ser um exagero dizer que a criação da Techland se tornou uma plataforma, contudo, é difícil não a enxergar de outra forma. Um exemplo disso aconteceu em agosto de 2020, quando o estúdio lançou o DLC Hellraid. Nela um fliperama abria um portal para outra dimensão, levando os jogadores para uma ambientação bastante diferente da que estavam acostumados.

Pendendo para o lado da fantasia, aquela expansão podia quebrar a imersão para algumas pessoas, mas servia para mostrar que aniquilar monstros podia ser divertido mesmo longe das ruas da Harran. Porém, o mais importante foi a maneira como ela reacendeu o interesse dos jogadores, fazendo com que muitos voltassem ao Dying Light.

Em Hellraid saem os zumbis, chegam os esqueletos (Crédito: Divulgação/Techland)

Eis que dois anos depois, a Techland anunciou outra tentativa de fazer as pessoas visitarem aquele universo. Agora, todos que possuírem a versão padrão do jogo receberão um upgrade gratuito para a Enhanced Edition. Isso quer dizer que cinco DLCs estarão disponíveis para todos, incluindo aí o já citado The Following.

Mesmo se tratando de conteúdos lançados há bastante tempo e que muitos daqueles que gostaram do Dying Light já devem possuir, esse é o tipo de agrado que sempre deve ser comemorado. Já para quem ainda não tinha se encorajado em adquirir essas expansões, a melhor coisa a se fazer é abrir o jogo, escolher a opção “Pacotes de DLC” no menu inicial e baixar as novidades.

Além disso, a atualização 1.49 que acaba de chegar ao Dying Light trouxe uma série de melhorias e ajustes, mas ainda assim a Techland não se daria por satisfeita. Com ela foi lançada a última atualização para a expansão Hellraid, que entre outras coisas adicionou a única arma de fogo do DLC e ainda houve espaço para diversas mudanças no modo Be the Zombie.

Por fim, o estúdio ainda passou a vender o pacote Dieselpunk, que adiciona três armas — incluindo uma motosserra —, uma nova roupa temática e um visual para o buggy que, como bônus, nos permitirá economizar 50% do combustível.

Apenas mais um dia pelas ruas de Harran (Crédito: Divulgação/Techland)

Ou seja, ao longo desses sete anos a Techland se esforçou para nos manter interessados no Dying Light, sempre trazendo os mais variados conteúdos e realizando atualizações para tornar o tempo que passamos no jogo aidna melhor. É claro que nada disso teria sido possível se ele não tivesse caído no gosto do público e as mais de 20 milhões de cópias vendidas provam o quanto ele agradou.

Pode ser que tamanho sucesso tenha sido fruto da boa mistura de parkour com sobrevivência, talvez ele tenha sido impulsionado pela possibilidade de jogarmos toda a campanha ao lado de três amigos... De qualquer forma, o empenho da Techland parece ter contribuído para o Dying Light se manter em evidência e como alguém que gostou da experiência proporcionada por ele, fico feliz ao saber que seus criadores ainda enxergam potencial no título.

Vale lembrar que em fevereiro os poloneses lançaram o Dying Light 2 Stay Human, o que geralmente faria com que o desenvolvimento do antecessor fosse interrompido vários meses antes. Por sorte aquele pessoal pensa de maneira um pouco diferente do que nos habituamos a ver na maioria dos estúdios, o que inclusive me faz querer voltar às ruas de Harran e usar toda a minha habilidade para matar mais alguns zumbis.

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