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Final Fantasy XVI: o poder do petróleo e das armas nucleares

De acordo com produtor do Final Fantasy XVI, jogo fará analogia aos países com grande reservas de petróleo e "summons" serão o equivalente a bombas atômicas

2 anos atrás

Apesar de ainda estarmos a pelo menos um ano do lançamento do Final Fantasy XVI, o novo capítulo de uma das mais adoradas franquias dos videogames já desperta uma enorme expectativa nos fãs. Com uma história mais madura, o título deverá receber uma classificação etária recomendada para maiores de 17 anos e aos poucos estamos descobrindo os motivos para isso.

Final Fantasy XVI

Crédito: Divulgação/ Square Enix

Além de descrever o jogo como o mais ambicioso da série, o produtor Naoki Yoshida afirmou ao site GameSpot que o enredo abordará o choque de valores e ideais que acontecem quando reunimos diferentes pessoas. Isso costuma fazer com que questionemos sobre o que é certo ou errado, o que nos leva aos Dominantes.

No mundo do Final Fantasy XVI, que se chama Valisthea, Dominantes são pessoas capazes de invocar e controlar monstros conhecidos como Eikons. A trama girará em torno desses invocadores e do poder que eles possuem, com o enredo abordando a maneira como eles enxergam a sociedade e o que julgam ser certo para ela.

Ainda segundo Yoshida, o jogador “focará nessas motivações e lutas, e então mergulhará ainda mais fundo em temas mais sombrios quando se trata de como as pessoas devem viver,” ele então questionou: “as pessoas devem viver a vida que lhes foi escolhida ou lutar para se libertar desse tipo de destino?”

Com isso, este será o primeiro capítulo da série principal a receber tão alta classificação etária, já que os outros dois com o selo Mature, o Final Fantasy Type-0 e o Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin, eram apenas spin-offs.

Crédito: Divulgação/ Square Enix

Porém, Yoshida fez questão de deixar claro que isso não significa que eles estão em busca de uma experiência mais violenta ou com cenas de nudez. A necessidade se deu devido à história que eles queriam contar e dois detalhes revelados durante uma entrevista à revista Famitsu ajudam a ilustrar sua opinião.

“As várias nações no mundo de Valisthea foram construídos sob os Cristais-Máter," explicou o produtor. "Em termos modernos, é basicamente o equivalente a uma terra abundante em petróleo. O éter flui dos Cristais-Máter e é aí que os países são formados. A partir daí, baseado nas regras de cada terra, os Eikons se formam dentro dos Dominantes e isso continua por gerações. Os Eikons são usados de maneira similar as armas nucleares modernas.”

Yoshida ainda disse que como os Cristais-Máter estão secando, isso está levando os países a entrarem em guerra, com cada um querendo mais das fontes de energia para si próprios. Os conflitos acabam fazendo com que os Eikons sejam utilizados, formando a base do enredo que nos colocará no papel de Clive, o primogênito do arquiduque de Rosaria, mas que não recebeu o direito de controlar o Eikon que serve como um deus para seu povo, a Phoenix. Com o privilégio ficando para o seu irmão mais novo, Joshua, o protagonista acaba se sentindo inferior.

A entrevista de Yoshida também jogou um pouco de luz sobre uma parte importante do trailer que a Square Enix divulgou do Final Fantasy XVI. Nele, além de podermos ver vários Eikons lutando entre si, é dada alguma relevância a uma figura bastante conhecida da série, o Ifrit. Ao que tudo indica, esta será uma das principais invocações do jogo, já que segundo as regras das nações de Valisthea, cada elemento só pode ser representado por um Eikon, mas como a Phoenix já está associada ao fogo, qual será o papel de Ifrit na história?

Sobre isso, o produtor preferiu fazer mistério, afirmando que em sua busca por vingança, Clive entrará numa missão em que caçará um misterioso Dark Eikon, o que deverá lhe colocar diante de vários obstáculos.

Quanto aos summons, digo, Eikons, por enquanto, temos a confirmação de que além do Ifrit e da Phoenix, o Final Fantasy XVI ainda contará com a Shiva, Bahamut, Titan, Odin, Ramuh e Garuda. É provável que outros ainda se juntem a essa lista e não duvido que o título ainda tenha uma ou outra invocação escondida por Valisthea.

E por falar no mundo do jogo... Naoki Yoshid revelou que ao contrário que se tornou padrão nos RPGs modernos, o FF16 não se passará em um mundo aberto. Segundo ele, a intenção com isso é entregar uma aventura que passe a sensação de uma escala global, com os jogadores podendo “saltar” de uma área à outra.

Crédito: Divulgação/ Square Enix

Como o jogo contará com seis reinos, essa escolha de design fará com que a história não se passe em apenas uma vasta região. Para quem prefere títulos com muito espaço para explorar, isso pode parecer um ponto negativo, mas acredito que essas regiões menores ainda nos passarão a ideia de estarmos num mundo aberto. Agora, se a Square Enix nos colocar apenas para seguir por corredores, como aconteceu em alguns capítulos da série, aí as reclamações serão devidas.

Contudo, quanto a essa parte estou apenas especulando e de qualquer forma, admito que há muito tempo eu não ficava tão empolgado com um novo Final Fantasy. Além da tão promissora guerra entre Eikons, essa abordagem mais madura na história poderá resultar em um dos melhores capítulos da franquia. Só espero que toda essa expectativa seja correspondida.

Fonte: Eurogamer

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