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Abrindo portas usando o Universal Plug and Play

As páginas de configuração de certos roteadores podem ser um pé no saco na hora de abrir portas. Mas é possível fazer isso direto no sistema operacional e salvar algum dinheiro antes de gastar em outro dispositivo mais parrudo.

13 anos e meio atrás

E numa promoção incrível você consegue um roteador wireless por um preço BEM especial junto com o seu notebook. Você se considera até esperto por não ter que gastar com algo tão supérfluo, afinal a geringonça é só um hub normal com uma antena pra você não se dar ao trabalho de ligar “o fio azul” toda vez que quiser usar a internet no portátil. Até que chega a hora de usar um programa que necessita da abertura de portas (esta, não esta).

Alguns roteadores wireless (não só eles, mas como são o tipo de hub doméstico cada vez mais usado, a taxa de aberrações é visível) parecem seres acéfalos: possuem os padrões de outros “normais”, funcionam bem na sua função de transmitir dados, mas quando precisam fazer um servicinho simples de abrir portas se mostram bem incapazes.

Você aprende, decora e quase reprograma o firmware do aparelho </exagero>, mas a porta continua BEM fechada. Alguns roteadores se salvam, e se tornam outro completamente melhor com o advento do DD-WRT, um firmware com base Linux (LINUX!) gratuito, que permite configurações bem mais avançadas que os meros vindos de fábrica. Mas para isso é preciso um hardware pelo menos decente dentro do WLAN, coisa que aquele tal roteador promocional muito provavelmente não tem.

E aí uma luz no fim do túnel se acende. O tal roteador é péssimo pra fazer suas tarefas, mas ainda foi bonzinho o suficiente ao suportar certos padrões, como o Universal Plug and Play (UPnP), que começou a ser usado em tais aparelhos a partir de 2002.

Pelo menos isso, hein!

O intuito do recurso é simples: basta que o roteador e o computador ligado nele (Windows e Mac OS X já suportam o protocolo há bastante tempo) deem suporte a ele e portas poderão ser abertas de modo direto, limando o processo de abertura via interface web do gateway, que muitas vezes precisa ser usado junto a sites como este, com uma database contendo dicas de como arrombar configurar o roteador.

Vários programas atuais usam tal recurso já integrados ao seu código de modo a simplificar a abertura de portas, como mensageiros instantâneos e gerenciadores de download via P2P, que praticamente não existiriam se usuários não pudessem acessar máquinas um dos outros. No entanto alguns outros aplicativos não foram programados com tal padrão. Ora não simpatizam com o protocolo, ora são bastante antigos para terem tal tipo de suporte. Mas com o roteador que na hipótese temos em mão, depender apenas da colaboração da pagina de configuração do mesmo não rola, e conseguir abrir portas independente da tranqueira que ele tem dentro é só o que importa.

Serviços usando UPnP no Windows.

O jeito mais simples é fazer o processo pelo próprio sistema operacional. No Windows Vista/7 dá para visualizar um mapa da rede, e de lá acessar as propriedades do gateway. Você terá lá uma janela como a da imagem ao lado, e daí não tem muito segredo: dê um nome identificável para o serviço e coloque lá a porta que quer abrir.

Tem também outras alternativas para o mesmo método, usando programas. Para Mac OS X, existe o Port Map e para Windows, PortForward. Ambos são open source, vale dizer. Ao abrir um deles é perceptível a semelhança deles com o método padrão usando o sistema operacional. A ideia, no entanto, é manter algo mais à mão, onde seja possível facilmente abrir e fechar uma porta, deixando-a disponível apenas quando necessário.

Você vai dizer, e não vou discordar, que esse processo manual via sistema acaba não sendo lá tão mais vantajoso que abrir direto pelo roteador. Também pode comentar que o UPnP tem lá seus contras como em relação à segurança (não há um método de autenticação sequer incluído com ele) e possui outras limitações chatas na hora de abrir mais de uma porta por vez, que deve muito ao padrão ter sido criado antes da explosão do compartilhamento de dados que existe hoje.

Porém a dica é, vale ressaltar, para aqueles que têm um hub wireless com páginas de configuração mais atrapalhadas que menus de gadgets aleatórios chineses e que não querem ou não podem trocar tais aparelhos, mas precisam abrir portas de alguma forma para o funcionamento de seus programas.

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