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Visual Studio LightSwitch: Comece a desenvolver agora!!

Visual Studio LightSwitch, nova ferramenta para facilitar o desenvolvimento de aplicações windows ou web.

13 anos e meio atrás

A Microsoft sempre construiu ótimas ferramentas para desenvolvedores, o Visual Studio evolui a passos largos a cada versão lançada, e não foi diferente com a versão 2010, lançada esse ano. Há alguns dias foi lançado mais um produto, o Visual Studio LightSwitch, que veio para simplificar o desenvolvimento de aplicações.

Para quem já fez algo com o Access, pode pegar a simplicidade do Access e misturar com o poder do Visual Studio. Esse é o LightSwitch.

"Mas espera um pouco Márcio, então agora temos mais um produto do tipo, next, next e finish e um programa está pronto? Isso não é ruim para o mercado?"

Esse questionamento foi feito várias vezes desde quando o LightSwitch foi anunciado, muitos desenvolvedores — estou na lista 🙂 . No começo surgiram alguns nomes do tipo Visual Studio Starter Edition ou Visual Studio Noob Edition, afinal, enquanto todo mundo pensa nos padrões do GOF e no SOLID do Uncle Bob, vem a Microsoft e lança algo que vai contra tudo isso, onde eu informo uma tabela e tenho um cadastro pronto.

Mas vamos com calma. Reparei que várias pessoas ficaram com medo do LightSwitch. Quem trabalha com desenvolvimento para Web sabe como é difícil concorrer com sites vendidos a R$ 300 em 3x sem juros, ou seja, quando tentamos fazer um trabalho sério, tem uma concorrência desleal do outro lado. Só que mesmo com concorrência desleal, o mercado continuou existindo para todos, e foi esse medo que identifiquei na maioria dos críticos do LightSwitch.

Só que precisamos separar as coisas. Dúvido que alguém que precise desenvolver um software complexo, escalável, que precise de uma arquitetura bem pensada, vá para o LightSwitch. Esse tipo de software tem o seu mercado, e esse mercado continuará existindo, logo, o medo de perder espaço não faz sentido.

Agora do lado do LightSwitch, um exemplo que presenciei. Minha namorada, que nunca programou, está fazendo o sistema para a loja do tio dela. Com uma planilha do Excel ele controlaria tudo que precisa, mas ela perguntou se eu ajudaria, eu falei que sim, instalei o LightSwitch no notebook dela, mostrei como fazer um cadastro, como criar tabelas no banco de dados, e uma hora depois, dez cadastros estavam prontos no sistema.

O cenário é outro, o tio dela não iria comprar outro software, usaria Excel mesmo, minha namorada não é desenvolvedora de software, não vai trabalhar com isso, não vai concorrer com nenhuma outra empresa, só que conseguiu construir um pequeno aplicativo.

Finalmente, depois de falar muito sobre a parte polêmica do LightSwitch, vamos conhecer um pouco da ferramenta 😉

O Visual Studio LightSwitch (download no Baixatudo), ainda está na versão Beta 1, ou seja, não é a versão final e podem existir bugs, mas no geral a ferramenta está estável, sem nenhum problema crítico que atrapalhe o desenvolvimento.

Primeiramente no LightSwith, conseguimos criar projeto com Visual Basic .NET ou C#. Apesar do "next, next e finish", caso necessário conseguimos programar os aplicativos, por isso a escolha da linguagem de desenvolvimento.

Com o projeto criado, temos a opção de ou criar um tabela nova, ou adicionar referência a um banco de dados externo. O legal é que podemos escolher entre algum banco de dados, Sharepoint ou WCF RIA Services. Como aqui o objetivo é mostrar o LightSwitch vou deixar de lado Sharepoint e WCF RIA Services.

Logo após configurar a conexão com meu SQL Server, eu escolhi uma tabela chamada Artigo, e pedi para finalizar. Nnesse ponto, voltamos ao LightSwitch onde ele vai criar uma fonte de dados baseada  na tabela do banco de dados. Aqui, podemos já pedir para criar alguma tela a partir dessa fonte de dados.

O interessante é que quando solicitamos a criação de uma nova tela, temos várias opções para escolha, como formulários de cadastro, telas de consulta, formulários com detalhes, e outras opções. Então eu não tenho o trabalho de desenhar o formulário, ele será criado automaticamente a partir da fonte de dados.

Com a tela adicionada vem a parte mais estranha do LightSwitch, principalmente para quem está acostumado com outra IDE de desenvolvimento: ao invés de abrir o formulário, onde eu poderia arrastar os controles, ele abre os controles em um TreeView, onde eu posso clicar sobre qualquer campo que será mostrado na tela e definir propriedades como nome, se vai mostrar ou não, alguma descrição, posso adicionar outros controles.

E é nessa parte de adicionar outros controles que eu achei o LightSwitch muito limitado ainda, basicamente temos TextBox que é onde o usuário vai escrever algo, Label onde mostraremos algum texto, e Custom Control que podemos colocar algum controle customizado. Senti falta de controles como o ComboBox para listar itens de outra tabela relacionada, ou mesmo um controle para imagens, mas como é Beta 1 ainda, vamos esperar para ver as próximas versões.

Agora é só apertar F5 e meu aplicativo vai ser compilado, aberto e posso cadastrar um artigo. Não escrevi nada em C# e está funcionando 🙂 Para quem está começando o quer fazer algo simples e rápido, isso é ótimo.

Um outro detalhe que gostei do LightSwitch é que posso compilar uma aplicação para rodar no desktop, ou seja, um aplicativo mesmo, instalado no computador, ou compilar para rodar na Web, nas propriedades do projeto tenho a opção de escolher a forma de deploy da aplicação. Tudo vira Silverlight quando é compilado.

Esse é o LightSwitch. É claro que tem muito mais do que mostrei aqui, mas fiz uma aplicação windows ou Web sem escrever uma linha de código, o que para alguns cenários pode ser útil. É bom entender e discutir sempre a primeira parte desse artigo, antes de começar a desenvolver softwares complexos com ferramentas como o LightSwitch! Testem o LightSwitch e bom desenvolvimento 😉

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