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Google, BuckyBalls e o Desastre da Nanotecnologia

Google homenageia BuckyBalls, mas detona processadores alheios com logo animada mal feita.

13 anos e meio atrás

O Buckminsterfullereno é uma molécula de Carbono batizada em homenagem ao arquiteto Buckminster Fuller, criador do Domo Geodésico e autor de diversos designs futuristas. A molécula é estranha, composta de 60 átomos de Carbono (C60) dispostos em uma estrutura tridimensional no formato de esfera. Inicialmente teorizadas em 1970 as moléculas de Buckminsterfullereno foram produzidas em 1985, o que rendeu ao grupo o Nobel de 1996.

Primeiras moléculas identificadas do grupo de compostos chamados fullerenos, as Bucky Balls, como são chamadas são a base de um monte de materiais interessantes, como nanotubos de Carbono, essenciais em qualquer projeto de nanotecnologia.

Apesar de ser um composto natural, encontrado até na fuligem de velas, as BuckyBalls são altamente apreciadas por geeks, sendo citadas constantemente na Ficção Científica. Talvez por isso o Google teve a brilhante idéia de homenagear dia 4 de setembro os 25 anos de criação do material. A ideia foi criar uma logo animada onde uma BuckyBallseria formada, "explodindo" na tela e depois girasse lentamente. Funcionou, muito bem, ficou bonito.

O que não ficou bonito é que o brinquedo não foi devidamente testado. Quanto foi ao ar estava comendo mais de 80% de CPU na maioria dos computadores, independente do navegador. No meu caso o mais baixo que consegui de CPU foi 75,8%, conforme pode ser conferido na imagem acima. Navegador limpo, só a home do Google carregada, e CPU sentando.

O pessoal da ZDNet odiou o consumo excessivo. Outro usuário mediu o consumo de seu computador exibindo a página com a logo animada, e para desespero do Google que adora tirar onda de ecochato, a animação consumia sozinha entre 15 e 20 Watts de energia.

No final uma quantidade inimaginável de computadores ficaram mais lentos e jogaram energia fora tentando executar a tal animação.

Não exatamente uma nota brilhante na História da Ciência, mas ao menos o Google provou que se a programação for porca o suficiente o JavaScript substitui perfeitamente o Flash.

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