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Deus Ex: Human Revolution - Análise

12 anos atrás

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Estamos no ano de 2027, quando algumas empresas ganharam uma influência mais evidente sobre os governos e a tecnologia avançou consideravelmente, principalmente em se tratando de implantes em humanos, que agora se dividem entre aqueles que tiveram seus corpos “melhorados” e os que abominam a prática.

Adam Jensen, ex-comandante da polícia de Detroit agora é o responsável pela segurança da Sarif Industries, empresa especializada em biotecnologia e próteses que visam conceder certas habilidades aos usuários, como locomover-se com mais velocidade, tornar-se mais fortes ou enxergar através das paredes. Durante uma operação de rotina, Jensen presencia o ataque de um grupo fortemente armado que além de destruir a sede da companhia e matar sua ex-namorada, praticamente lhe tira a vida, culminando em um cirurgia que acaba o transformando em um super-soldado, mesmo contra sua vontade. Começa então sua busca por vingança.

Apesar de não mostrar nada muito diferente do que já vimos em diversos filmes e livros de ficção-científica, com Deus Ex: Human Revolution a Eidos conseguiu contar uma história muito interessante, principalmente por causa da forma como a narrativa se desenrola, além do fabuloso e complexo universo criado para o jogo, com seus dramas, conspirações e conflitos políticos e sociais.

A todo momento encontramos personagens interessantíssimos que invariavelmente possuem bons motivos para nos oferecer missões e os cenários cyberpunks estão repletos de objetos que ajudam a incrementar a trama, como programas de TV, jornais e emails.

A variedade proporcionada pela jogabilidade

dori_deus_16.11.11Basicamente podemos classificar o DE: HR como um jogo de tiro em primeira pessoa, mas isso está longe de significar que ele seja mais um título descerebrado no meio de um gênero um tanto saturado. Como já é característico da série, durante a aventura temos diversas maneiras de concluirmos as missões, seja encarando os inimigos como um tanque, ou seja, partindo para o confronto direto, ou evitando os combates e agindo sorrateiramente, o que é mais recomendado.

Pois é exatamente aí que o jogo brilha, possuindo cenários que proporcionam diversas soluções e não é raro encontrarmos situações onde podemos chegar até o objetivo hackeando um computador, aniquilando os guardas que fazem a vigia ou simplesmente encontrando uma passagem secreta que nos manterá longe dos inimigos e está aí aquilo que considero a principal virtude do game, fazer com que o jogador utilize a inteligência.

Personagens, cenários e a visão do futuro

dori_deus_16.11.11-2Talvez uma das minhas maiores decepções em relação ao Deus Ex: Human Revolution tenha sido na parte visual. Mesmo com um direção artística impressionante que consegue criar com maestria belos ambientes futuristas, as texturas e efeitos especiais estão longe do esplendor visto em outros FPSs mais recentes e o jogo dificilmente impressionará visualmente a maioria dos jogadores.

Contudo, a área onde ele realmente derrapa é na representação dos personagens, todos com animações muito pobres e que acabam comprometendo em situações com uma alta carga dramática. Por se tratar de um título onde as conversas são constantes, é uma pena a desenvolvedora não ter conseguido trabalhar melhor o rosto dos personagens.

Um dos melhores jogos dos últimos anos

Com uma campanha imensa que pode durar facilmente mais de 20 horas (e muitas outras se quisermos fazer tudo) e que nos incentiva recomeçá-la diversas vezes para conhecermos as consequências de nossas decisões, o jogo que está sendo distribuído no Brasil pela Arvato Games e tem versões para Playstation 3, Xbox 360 e PC certamente merece figurar em qualquer lista com os melhores lançamentos de 2011. Mesmo com uma falha aqui e outra ali, a maneira como os estágios foram construídos e o elaborado universo criado para o game nos faz ficar presos ao jogo e mantêm nossa curiosidade de sabermos o que acontecerá em seguida.

Se você procura um FPS por causa das trocas de tiro, talvez encontre diversão no Deus Ex: Human Revolution, mas se o seu desejo é um game que lhe faça pensar na melhor saída para situações adversas e incentive a utilização da tecnologia para isso, então a criação da Eidos é simplesmente obrigatória e praticamente não possui concorrentes a altura.

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