Dori Prata 14 anos atrás
Quem joga videogame provavelmente já está cansado de ouvir histórias onde os jogos violentos seriam a suposta motivação para que pessoas cometessem os mais impensados atos, contudo, o que propõe duas organizações suíças de direitos humanos é algo em que devemos pensar.
Os grupos Trial e Pro Juventute decidiram fazer um estudo para averiguar se certos jogos violam leis internacionais, permitindo que os jogadores matem civis, torturem prisioneiros e destruam casas e prédios. Para chegar a uma conclusão, vários títulos foram jogados na presença de advogados especializados na interpretação de leis humanitárias.
Além de afirmar que “a ausência quase completa de regras ou sanções é ... surpreendente”, o estudo diz que “a linha entre a experiência virtual e real se torna turva e os jogos se transformam em uma simulação de situações reais do campo de batalha.”
Apesar de concluir que a maioria dos jogadores não se tornarão combatentes, os jogos podem influenciar a forma como as pessoas pensam sobre as guerras e que os jogos eletrônicos estão mandando uma mensagem errada de que nos conflitos não existem limites ou que tudo é aceitável em operações contra o terrorismo.
O autor deixa bem claro que não deseja que os jogos violentos deixem de ser produzidos e sim que as produtoras insiram nos seus títulos as regras de leis humanitárias e direitos humanos e que poucos são os games onde aqueles que cometem tais crimes “terminam como criminosos de guerra e não vencedores”.
[via VG247]