Para oferecer uma localização mais exata nos mapas, seja na versão web ou em aplicativos móveis, o Google rastreia e armazena locais de certas redes WiFi. Certas instituições de proteção à privacidade, principalmente na Europa, não gostaram desse rastreamento, o que gerou uma enorme revolta. Por causa disso o Google anunciou essa semana que vai oferecer a opção de donos de rede sem fio impedirem o rastreamento. Mas vão fazer isso por meio de uma gambiarra.

Em um post intitulado “Maior escolha para donos de pontos de acesso sem fio” no blog oficial, o Google diz que quem não quiser ter a sua rede WiFi rastreada e inserida na sua gigante base de dados poderá fazer algo simples: adicionar um “_nomap” no final do nome (SSID) da rede. Se a rede tiver o nome de “Rede Pessoal Do Fulano”, por exemplo, ela tem que virar “Rede Pessoal do Fulano_nomap” para que o Google não registre sua localização.

Exemplo de rede criado por alguém que não goste do Google

Além de fazer essa sugestão, o Google também diz que espera que no futuro essa gambiarra se torne algo padrão para as demais empresas da rastreamento. Ou seja: não só a gigante da web espera que o _nomap seja adotado amplamente por donos de redes sem fio como também espera que demais serviços de mapas, como o Bing Maps e similares, usem esse atributo para não rastrear redes também. Um pouco convencido, talvez?

Pessoalmente, não tenho problema com o Google rastreando o local onde a minha rede sem fio está, o nome dela ou até seu endereço MAC. Afinal de contas, se ela não foi atrelada a um nome específico de uma pessoa, qual o problema? Se esses dados vazarem ou caírem nas mãos erradas, o que de mal pode acontecer? Mas não parece que os europeus estão ligando muito para a lógica nesse caso.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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