Conheça o Pitzi, serviço brasileiro que conserta seu celular quebrado

Rafael Silva
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• Atualizado há 1 semana

Muitas vezes no Brasil é mais barato e menos irritante comprar um aparelho novo do que consertar um que quebrou. Ok, no caso de celulares mais caros, isso nem sempre é verdade. Trocar a tela quebrada de um iPhone, Galaxy S II ou a trackball de um BlackBerry pode ser mais barato, mas o tempo de conserto é algo que ainda é grande e nem sempre as assistências técnicas dispõe das peças necessárias.

Criado pelo americano Daniel Hatkoff, o Pitzi tem como objetivo solucionar tanto o problema de demora e quanto do preço. Ele é um serviço que, por uma mensalidade variável, repara seu celular em caso de queda, mergulho em água ou outro defeito decorrente ou não de algum acidente.

Seu funcionamento é simples: você se cadastra e escolhe o modelo do seu celular numa lista. É o modelo dele que vai determinar quanto de mensalidade você paga e ela varia de R$ 5 a R$ 25 (esse último especificamente para o iPhone 4S de maior armazenamento). Depois cadastra seu cartão de crédito e registra o aparelho usando a nota fiscal dele. Somente depois de registrado você pode usar os serviços de Pitzi.

Em caso de falha de hardware, você entra em contato com eles e o serviço te manda um envelope pré-pago de Sedex, para que você mande de volta o aparelho. No caso de telas quebradas ou um mergulho na água (ou seja, acidentes) o processo é o mesmo, mas é necessário pagar R$ 75 adicionais pelas peças ou reposição do celular, que ainda é um valor relativamente baixo.

O serviço terceiriza a forma de pagamento com a Adyen, a mesma startup usada pelo Groupon. Até o momento de publicação desse post, eles só aceitavam cartão de crédito, mas o criador do serviço garantiu que no futuro eles planejam expandir as opções de pagamento.

Como um todo, o Pitzi parece ser um serviço interessante, que não só tem potencial para ajudar vários desastrados como também promete fazer isso de forma bem rápida. Mas como o lançamento foi essa semana, não sabemos ainda se a eficiência é mesmo tão boa quanto parece.

Conversei hoje com o próprio Daniel para entender um pouco mais de como o Pitiz funciona e saber mais detalhes do que está por trás das cortinas.

Tecnoblog: Qual a origem do nome Pitzi?
Daniel Hatkoff: Pitzi é uma palavra em hebraico que é usada como apelido para alguém que você gosta muito, alguém pequeno, uma palavra que alguém usaria com seu filho menor ou um animal de estimação. Então a ideia com o Pitzi é que o celular se tornou isso para nós, algo que se você perder vai fazer você se sentir desconectado da vida.

Porque 30 dias? E como comprovar essa compra?
Como estamos cobrindo coisas como acidentes e outros problemas, esse período é necessário para que tentemos evitar pessoas que quebraram o celular e pensam “opa, agora vou cadastrar”. Então esse período serve para decidir se o Pitzi é um serviço que você quer contratar mas que ao mesmo tempo não é longo o bastante para ter acontecido algo com o seu celular e que te fez ir ao Pitzi.

Atualmente exigimos a nota fiscal. Um usuário do serviço pode ou digitar a chave eletrônica presente na nota fiscal ou tirar uma foto dela. Esse processo é necessário para evitar coisas como fraudes e celulares roubados.

Quanto tempo normalmente demora para um celular ser enviado e recebido de volta?
Nós garantimos que dentro de 5 dias úteis você terá seu telefone de volta. Em muitas vezes será mais rápido do que isso. Depende bastante do tipo do problema e nós cobrimos três: quebra do celular por queda, quebra do celular por mergulhar na água ou falha de hardware. Uma tela pode ser trocada facilmente, mas em caso de dano por umidade, é algo mais difícil.

Nosso gerente de marketing já quebrou 4 iPhones de maneiras diversas e isso foi até um dos motivos pelos quais decidimos abrir a empresa. Nós vimos de perto o quão demorado é o processo de conserto e troca, tanto no Brasil quanto nos EUA.

Qualquer celular é aceito?
Temos uma lista de celulares que são cobertos, mas provavelmente há celulares que não constam nela. Nesses casos, você pode digitar o nome do seu aparelho e nós vamos responder dentro de um dia se ele é um aparelho que nós achamos que podemos cobrir ou não. A ideia é não ser um serviço difícil para as pessoas.

São próprios funcionários da Pitzi que recebem os aparelhos e os consertam?
Na verdade nós temos uma rede com técnicos em São Paulo especializados em consertar aparelhos. Dependendo do problema, nós temos experts diferentes espalhados pela cidade e que darão prioridade aos nossos clientes. O importante é que para qualquer problema, nós temos certeza de ter contratado as pessoas que fazem um bom serviço e que tenham as peças certas para os reparos.

Nós contratamos um cara da Apple para gerenciar nosso programa de atendimento ao cliente e reparos. Ele desenvolveu o sistema conosco e nos ajudou a pensar em coisas do jeito que a Apple pensaria nelas, então nós temos um foco muito grande no atendimento ao cliente.

A Pitzi tem planos para o futuro como expansão para outros estados ou para fora?
Por enquanto vamos ficar alguns meses em beta privativo, para trabalhar com pessoas que gostam do nosso serviço o bastante para assinarem durante o teste. A partir daí vamos abrir para o estado de São Paulo e depois expandiremos para o resto do Brasil. Não pretendemos expandir para além das fronteiras do país, o foco vai ser mesmo só aqui.

Convites

Daniel também criou um código promocional específico para leitores do Tecnoblog que se enquadram nos dois requerimentos: compraram um celular nos últimos 30 dias e moram em São Paulo (o estado). Ao acessar a página inicial do serviço, basta clicar em “Tem um código beta?” e colocar essa string: TCN0BL0G.

Se você precisar usar o serviço no futuro, nos avise! Estamos interessados em saber se ele é realmente bom ou não.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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