O Galaxy X chegou ao Brasil (mas não conte a ninguém)

Rafael Silva
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• Atualizado há 1 semana

Eis um pouco dos bastidores de como funciona a indústria (!) de veículos de tecnologia no Brasil: quando as empresas querem lançar um produto, mandam press-releases sobre ele, convidam para coletivas de lançamento e os veículos mandam seus representantes. Nem sempre isso acontece, mas com fabricantes do cacife da Samsung, por exemplo, e para produtos como um Galaxy X, por exemplo, é algo que esperamos. Surpreendentemente, não foi isso que aconteceu com o conhecido e tão aguardado Android puro.

No final da sexta-feira passada o braço de comércio eletrônico do Ponto Frio lançou o Galaxy X na sua vitrine virtual, para quem quiser comprar, por R$ 2 mil parcelado e R$ 1,8 mil à vista. Pelo mesmo preço ele começou a aparecer nas lojas da TIM. De novo: ele foi lançado no final de uma sexta-feira antes do carnaval, quase que discretamente. Eu estranhei o timing, mas o colega Pedro Burgos levantou essa questão antes de mim no Gizmodo Brasil: por que o Galaxy X parece não receber a mesma atenção que a Samsung dá aos demais aparelhos?

Tenho uma teoria: as operadoras. Elas não podem customizar o Galaxy X e, por isso, não há muita vantagem para elas vendê-los com subsídios ou atrelados a planos. A Claro, Vivo e Oi já avisaram que vão vendê-lo, mas provavelmente com o mesmo preço da TIM e também desbloqueado – e espero estar errado. Eu até achava que anunciar a chegada do Galaxy X canibalizaria as vendas do Galaxy S II, mas o aparelho com Android puro está mais caro e, consequentemente, traria mais verdinhas à Samsung. Então essa hipótese fica com as pernas bambas.

Discordo do Pedro quando ele diz que faz sentido para a Samsung não investir em propaganda para o lançamento do aparelho no Brasil. Ele é um Android puro e essa é uma vantagem e tanta sobre os demais, principalmente num país onde as operadoras e fabricantes enchem os Androids de crapware. E sim, a câmera do Galaxy X é um pouco pior do que a do Galaxy S II, mas ele ainda tem suas vantagens. E no final do dia o lucro nas vendas dele vai acabar indo para os bolsos da fabricante do mesmo jeito. Por que, então, não dizer que ele chegou?

Você tem alguma outra teoria? Conte-a nos nos comentários.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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