Conferimos a Unreal Engine 4 de perto
Direto da GDC, em San Francisco – Na edição passada do GDC, conferimos as novidades que a Epic Games levou até a Unreal Engine 3, uma das soluções tecnológicas mais usadas hoje na indústria de games. Neste ano, demos uma olhada de perto na Unreal Engine 4, a versão mais moderna que deve ser o motor de vários games da próxima geração.
A apresentação começou com um panorama geral sobre a Unreal Engine e como a ferramenta foi criada para dar mais agilidade e produtividade a equipes de produção de games, do indie ao triplo A, considerado padrão máximo na indústria de games. Jogos como Mass Effect 3, Gears of War e Bioshock usam a Unreal Engine. Na sequência foi anunciado o suporte ao Oculus Rift, que está disponível desde ontem a desenvolvedores que quiserem já implementar o novo dispositivo de realidade virtual em seus games.
Uma das novidades da versão passada foi a funcionalidade de exportar games feitos pela UE3 em Flash. O primeiro demo que vimos foi uma repetição do ano passado, exceto por um detalhe: tudo foi exportado diretamente para HTML5, JavaScript e WebGL. Em uma parceria com a Mozilla, a Epic Games pretende em breve permitir que games de alta qualidade sejam jogáveis no navegador do usuário sem necessidade de plugins ou interpretadores, aumentando a performance dos games.
Na sequência foram apresentados trailers de Daylight e Primal Carnage Genesis, dois games que estão sendo produzidos com a UE4. Após os trailers veio o primeiro momento de surpresa: o tech demo Elemental, que você pode conferir abaixo, foi exibido com a renderização sendo feita em tempo real em um kit de desenvolvimento do PlayStation 4.
A próxima parte da apresentação foi ligada mais as ferramentas e funcionalidades. Uma que chamou atenção foi o Blueprint, um gráfico de workflow da engine que mostra em tempo real que funções ou parâmetros estão sendo acessados. É como ver o motor de um carro funcionando no meio de uma corrida.
O sistema de iluminação da engine mudou bastante. A luz agora é baseada em física, dando mais realismo as cenas. O sistema de partículas, com partículas emissoras de luz, também impressiona bastante, junto com o cálculo de colisão entre partículas. Para ilustrar foi exibido um pequeno reel de um robô soldando um cano, o que parecia extremamente realista.
Também foram exibidas melhorias nos sistemas de Inteligência Artificial, construção de terrenos e folhagens, um dos grandes desafios em jogos 3D. Para o processamento de vários desses elementos, a engine já terá integração com a tecnologia PhysX da Nvidia, otimizando muita a performance do que é renderizado.
Para fechar, exibiram o demo Infiltrator rodando em um PC com a placa de video Nvidia GeForce GTX 680.
A partir de hoje todos os licenciados já podem começar a desenvolver com a UE4. Quem não tiver 350 mil dólares sobrando para adquirir uma licença completa pode baixar as ferramentas da UE3 gratuitamente no site da engine.