O Galaxy Gear, primeiro smartwatch da Samsung, talvez devesse ter ficado mais tempo em desenvolvimento antes de ser lançado: ele foi bem criticado por suas funções pouco empolgantes e especialmente pelo preço – no Brasil, chegou por R$ 1.299.

A empresa já prometeu uma versão melhorada para março ou abril, junto com o lançamento do Galaxy S5, mas não revelou mais detalhes. No entanto, o diretor de marketing de produtos da Samsung mobile dos EUA, Ryan Bidan, pode ter dado algumas dicas.

Ao CNET, ele listou os três problemas que a Samsung entende como os principais do Gear. Portanto, é de se esperar que eles sejam contornados na próxima versão do smartwatch.

O primeiro do problema é a ausência de informações que o Gear mostra. Na versão original do atual, ele exibia notificações que chegavam no smartphone, mas não permitia, por exemplo, que se lesse o conteúdo de um email recebido, o que não eliminava a necessidade frequente de estar com o aparelho na mão. Como esse era um problema simples, já foi corrigido com uma atualização.

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Outro ponto é uma aprimoramento necessário dos controles de voz, que é mais interessante, no caso do Gear, do que por toques: a tela pequena pode tornar a navegação menos confortável do que seria só com comandos de voz. Isso também pode ser a solução para um obstáculo que, a meu ver, é um dos principais para a popularização de smartwatches: a impossibilidade, de modo geral, de interagir “ativamente” com ele – por exemplo, responder mensagens é inviável.

Por fim, a Samsung crê que a opção para trocar a pulseira pode ser uma boa ideia: o Gear tem seis cores para suas pulseiras, mas não é possível ter mais de uma e trocá-las; pulseiras avulsas e intercambiáveis poderiam torná-lo mais versátil. Na primeira versão, o principal motivo para isso não ser possível é a câmera, que fica alojada na pulseira. Para a segunda, será preciso dar um jeito nisso, talvez mudando a posição dela ou até mesmo removendo-a.

Os insights foram feitos com base em pesquisas e estudos da opinião de quem adquiriu e testou o gadget, mas há outros problemas que a empresa precisa considerar e que são bem mais críticos que a cor da pulseira, como a curta duração da bateria e, principalmente, o preço – ainda mais com a concorrência conseguindo isso.

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Giovana Penatti

Giovana Penatti

Ex-editora

Giovana Penatti é jornalista formada pela Unesp e foi editora no Tecnoblog entre 2013 e 2014. Escreveu sobre inovação, produtos, crowdfunding e cobriu eventos nacionais e internacionais. Em 2009, foi vencedora do prêmio Rumos do Jornalismo Cultural, do Itaú. É especialista em marketing de conteúdo e comunicação corporativa.

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