Parece uma folha de plástico, mas é uma tela flexível de 18 polegadas criada pela LG
Companhia coreana exibiu também uma tela OLED com maior nível de transparência
Companhia coreana exibiu também uma tela OLED com maior nível de transparência
Se farão sucesso ou não, ainda é cedo para sabermos. O certo é que já podemos nos preparar para uma onda de dispositivos com tela flexível no mercado. A mais recente novidade da LG reforça esta tese: nesta semana, a empresa sul-coreana apresentou uma tela de 18 polegadas que é flexível o suficiente para ser enrolada.
O dispositivo não é um produto em si, mas um protótipo que visa dar uma ideia do que poderemos encontrar em termos de tecnologia para conteúdo visual nos próximos anos. A tela é constituída de um painel OLED (relembrando, diodos orgânicos que emitem luz) que, em vez de plástico convencional, utiliza poliamida como base, um tipo de polímero ao mesmo tempo tão flexível e resistente que é largamente usado na indústria têxtil. O nylon, por exemplo, é um tipo de poliamida.
Graças a este e aos materiais complementares, é possível enrolar a tela até que ela forme um tubo com 3 centímetros de diâmetro sem sofrer danos. A poliamida também ajuda a deixar a tela mais fina e leve, é claro.
Do ponto de vista funcional, a tela talvez não agrade muito para os padrões de hoje: o protótipo é capaz de trabalhar com resolução de até 1200×810 pixels e, aparentemente, não apresenta cores muito vivas.
De qualquer forma, a LG destaca que estes e outros parâmetros de qualidade evoluirão rápido, tanto é que a empresa planeja lançar uma TV de 60 polegadas ou mais com resolução 4K baseada nesta tecnologia já em 2017.
Para o mesmo ano, a companhia promete ainda televisores de tamanho similar, mas com tela transparente. Um protótipo do tipo também foi mostrado pela companhia, embora com dimensões medianas. O principal destaque aqui é que a tela apresenta 30% mais de transmitância em relação a protótipos anteriores, o que significa que o dispositivo é capaz de permitir a passagem de maior quantidade de luz e, portanto, diminuir o efeito de névoa.
Se a LG cumprirá a sua promessa, só em 2017 para descobrirmos, mas sabe-se que a empresa está mesmo fortemente focada em OLED: no ano passado, a companhia prometeu investir pelo menos US$ 665 milhões para, a partir de 2014, ampliar a produção deste tipo de tela em suas fábricas na Coreia do Sul.
Para quem questiona, o aspecto da transparência talvez não tenha mesmo muita utilidade, a não ser em aplicações muito específicas. A flexibilidade, por sua vez, é mais interessante, não necessariamente por permitir que a tela seja enrolada, mas por possibilitar a fabricação de TVs e monitores mais leves, resistentes e com bordas praticamente inexistentes.
É claro, a produção de tela curvadas também deve ser facilitada. O LG G Flex, tal como o esperado, é apenas o começo.
Com informações: VentureBeat