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Com os endereços IPv4 em extinção, as empresas estão correndo para implantar o IPv6. O Google, que monitora a conectividade de seus usuários, registrou que a porcentagem de pessoas que acessam os serviços da empresa por IPv6 finalmente chegou a 5% no último final de semana. Isso é pouco, mas a situação é ainda mais complicada no Brasil: por aqui, o novo protocolo chega a apenas 0,14% dos usuários.

Embora muitos outros países também estejam tão atrasados quanto nós, a adoção do IPv6 pelos brasileiros fica bem atrás do que vemos nos Estados Unidos (11,81%), Japão (5,81%) e Alemanha (11,85%). Na América Latina, quem cresceu mais foi o Peru, com 9,7% (mente poluída). Quem lidera o ranking mundial são os belgas: 28,14% deles já acessam os serviços do Google por meio de IPv6.

Do lado dos provedores de conteúdo, até que o Brasil vai muito bem. A Cisco mostra que 55,18% das páginas dos 500 sites mais visitados pelos brasileiros já podem ser acessadas por IPv6, o que inclui os grandes portais (UOL, Terra e Globo.com) e seu blog de tecnologia favorito. O problema é que não há tantas conexões IPv6 nas mãos dos usuários. Por isso, o Brasil recebe apenas nota 1,8 (de 10) no ranking da Cisco.

Segundo o Sinditelebrasil, a expectativa é que todas as operadoras passem a oferecer conectividade IPv6 nos grandes centros a partir de julho de 2015, mas isso deverá exigir atualizações de firmware e trocas de equipamentos. No Brasil, o estoque de endereços IPv4 esgotou em junho; desde então, as empresas estão recebendo apenas 1.024 endereços IPv4 a cada seis meses, usados para ajudar na transição para o IPv6.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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