As fabricantes que mais vendem smartphones no Brasil

Mais da metade dos aparelhos vendidos no país são fabricados pela Samsung, segundo relatório

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 semana
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Nós sabemos que Samsung e Apple dominam o mercado de smartphones, representando um terço de todos os aparelhos vendidos no mundo. E no Brasil? As consultorias fazem relatórios de vendas de celulares no mercado nacional, mas os números não são divulgados à imprensa e ficam restritos aos clientes, como fabricantes e operadoras, por questões contratuais.

Para matar a nossa curiosidade, às vezes temos acesso aos números atualizados.

De acordo com um relatório obtido da Porto Seguro, a Samsung continua na liderança isolada: mais da metade (50,3%) de todos os smartphones comercializados no país são fabricados pela empresa. Os coreanos são especialmente bem-sucedidos no mercado brasileiro — no cenário global, a Samsung tem apenas um quinto da fatia de vendas, e sua participação vem caindo a cada ano.

Os números de dezembro de 2015, com base em estudo da GfK, são os seguintes:

  1. Samsung (50,3%)
  2. Motorola (17,8%)
  3. LG (12,2%)
  4. Apple (5,0%)
  5. Alcatel (4,6%)
  6. Microsoft (2,4%)
  7. Outros (7,7%)

A Samsung tem quase o triplo de vendas da segunda colocada, a Motorola, que representa 17,8% do mercado. A Motorola havia ultrapassado a LG no Brasil em 2014, de acordo com a IDC, impulsionada pela boa aceitação do Moto G, que chegou a ser o smartphone mais vendido do país.

Curiosamente, a Apple, que vende apenas smartphones caros no Brasil, ocupa a quarta posição, com 5% das vendas. Atualmente, o aparelho mais em conta comercializado diretamente pela empresa é o iPhone 6, que parte de R$ 3.199. No varejo nacional ainda é possível encontrar sobras de estoque do iPhone 5s, que chega a custar R$ 1.799 em promoções.

A maçã está na frente da Alcatel e da Microsoft, que obtêm boa parte de suas receitas com aparelhos de entrada ou intermediários. Chama a atenção a queda da Microsoft: em 2010, nos tempos de ouro, quando a Nokia ainda se chamava Nokia e não havia sido comprada pela gigante de Redmond, os finlandeses eram responsáveis por 54,4% dos smartphones vendidos no país.

Procuradas pelo Tecnoblog, Samsung e Microsoft informaram que não comentam números de vendas. A LG não quis falar sobre números, mas afirmou que “espera alcançar a liderança no mercado de smartphones no Brasil”. A GfK diz que não divulga seus relatórios de market share devido a cláusulas de confidencialidade. Motorola, Alcatel e Apple não haviam nos respondido até a última atualização deste texto.

Atualização em 07/04 às 8h52. A GfK reforçou em nota de esclarecimento que não divulga os números citados no texto, e que os dados são de caráter confidencial. Este é o comunicado na íntegra:

“Em virtude de matéria publicada na última segunda-feira (4) sobre o mercado brasileiro de smartphones, a GfK esclarece que em nenhuma hipótese, ou sob qualquer pretexto, divulga os conteúdos relacionados ao market share de qualquer uma das marcas das diversas categorias de produtos que tem suas vendas reais monitoradas pela companhia.

Reconhecida internacionalmente pela confiabilidade e precisão das informações de mercado que comercializa junto a diversos setores da indústria e do varejo de bens duráveis, a GfK declara ainda que as informações contidas nos relatórios produzidos pela companhia são de caráter estritamente confidencial e protegidas por cláusulas contratuais.

A GfK esclarece ainda que somente reconhece a autenticidade das informações divulgadas por meio de seu departamento de marketing, sua respectiva assessoria de imprensa e fontes oficialmente credenciadas pela empresa.”

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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