Boost é o novo kit robótico da Lego

O kit é mais simples que a linha Mindstorms, mas não menos divertido

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 1 semana
Lego Boost

A CES 2017 começou trazendo novidades de marcas como Samsung, LG, Sony, Intel, Nvidia e… Lego. Sim, a companhia cujos produtos são desejados por crianças de todas as idades aproveitou o evento para anunciar os kits Lego Boost, que dão noções introdutórias de programação de robôs.

Dá para dizer que a linha Lego Boost é uma versão mais simples dos já clássicos kits Mindstorms. Estes, como você deve saber, ensinam conceitos básicos de programação e robótica a partir da combinação dos blocos de montar com sensores, controladores, pequenos motores e afins.

Por serem menos complexos, os kits Lego Boost podem ser usados por crianças com idade a partir de sete anos — a idade mínima recomendada para a linha Mindstorms é dez anos.

Mas isso não quer dizer que a linha Lego Boost é menos interessante ou divertida. Os primeiros kits terão 850 peças e, inicialmente, permitirão a montagem de cinco objetos diferentes: um humanoide, um gato, um veículo de exploração, uma máquina de fábrica e uma guitarra.

Lego Boost

Na primeira olhada, os blocos disponíveis pouco diferem das peças que encontramos nos kits de Lego convencionais, mas muitos ali são especiais. Há blocos com sensores que detectam cores ou distância, por exemplo, assim como peças elementares chamadas Move Hub que possuem pequenos motores e chips.

Para programar os robôs, a criança deve usar um app disponível para Android e iOS, mas que, curiosamente, só funciona em tablets. Não é necessário digitar códigos. A programação do robô é feita com a combinação sequencial de blocos na interface do aplicativo. Cada bloco digital corresponde a uma ação diferente: seguir em frente, virar à esquerda, dar um giro completo, mover as sobrancelhas, entre várias outras.

A criança pode criar a sua própria sequência. Para completar, o app oferece diversas atividades para estimulá-la a experimentar combinações diferentes, a modificar programas já criados e a montar outros objetos.

É possível ainda adicionar gravações de voz e interagir com os robôs montados. Só para dar alguns exemplos, o Vernie, o robô humanoide, pode perguntar o nome da criança e sugerir atividades; já o gato pode miar em resposta a determinadas ações.

Vernie

Vernie

Os kits Lego Boost devem chegar ao mercado no segundo semestre. Nos Estados Unidos, o preço ficará na casa dos US$ 160 — os kits Mindstorms atuais custam mais do que o dobro disso. Não há informação sobre disponibilidade no Brasil.

Podemos esperar cada vez mais brinquedos dessa categoria no mercado, todavia, e não só por parte da Lego. Cientistas perceberam que os brinquedos STEM — aqueles que estimulam habilidades relacionadas à ciência, tecnologia, engenharia ou matemática — contribuem para o desenvolvimento intelectual da criança mais do que pensávamos. Não é por acaso que varejistas como a Amazon estão criando seções exclusivas para esse tipo de produto.

Com informações: VentureBeat

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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