Snapchat espera ser avaliado entre US$ 16,2 e 18,5 bilhões na bolsa

Será que vale tudo isso?

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 semana

A Snap, empresa responsável pelo Snapchat, publicou nesta quinta-feira (16) novos documentos de sua oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês), que deverá acontecer em março. De acordo com os papéis, a companhia espera ser avaliada entre US$ 16,2 e US$ 18,5 bilhões quando abrir seu capital na bolsa de valores de Nova York.

A expectativa da Snap é que as ações sejam negociadas a preços entre US$ 14 e 16 — serão 200 milhões de ações à venda. Fazendo as contas, isso significa que a dona do Snapchat pode captar dos investidores até US$ 3,2 bilhões. Para fins de comparação, o Alibaba, que fez o maior IPO de todos os tempos, arrecadou US$ 25 bilhões; o Facebook, US$ 16 bilhões.

Mas nem todo mundo está otimista com a Snap. A empresa vem sangrando cada vez mais dinheiro: teve prejuízo de US$ 514,6 milhões em 2016, sendo que já vinha de um tombo de US$ 372,9 milhões em 2015. Além disso, os óculos filmadores ainda estão longe de se tornarem grandes fontes de receita, embora a Snap já se descreva como uma “empresa de câmeras”.

Sem contar que a Snap tem um inimigo extremamente poderoso tentando destruí-la: o Facebook. O crescimento do número de usuários do Snapchat deu uma esfriada com o avanço do Instagram Stories e estima-se que a audiência tenha despencado cerca de 40% nos últimos meses.

Se o IPO der certo, a avaliação de até US$ 18,5 bilhões será bem maior que o valor oferecido pelo Facebook em 2013, quando Mark Zuckerberg tentou comprar a rede social por US$ 3 bilhões. Será que o Snapchat vale tudo isso?

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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