O projeto do Google para levar internet a lugares remotos por meio de balões ficou mais próximo de se tornar realidade. Com a ajuda de algoritmos de aprendizagem de máquina, a empresa descobriu uma forma de oferecer conexão com menos balões, reduzindo os custos e, ao mesmo tempo, melhorando a qualidade do acesso.

A ideia original do Project Loon era meio complexa. Ela consistia em anéis de balões que flutuavam na camada estratosférica da Terra. Quando um balão flutuava para fora do alcance de uma região específica (por causa dos ventos), outro balão se movia para ocupar o lugar do primeiro e continuar provendo o acesso. Isso exigia um grande número de balões espalhados pelo planeta, gerando altos gastos com manutenção. Sem contar que o balão tem uma vida útil (ele não dura mais que 200 dias no ar).

Como melhorar a eficiência? O Google desenvolveu um algoritmo de aprendizagem de máquina que permite diminuir o tamanho desses anéis. Em vez de depender de balões flutuando ao redor do mundo, é possível enviar pequenos anéis que flutuam sempre em uma região específica. O resultado é que são necessários menos balões no planeta e cada balão é melhor aproveitado.

Dá uma olhada (o vídeo não tem som):

Falando assim parece até simples, mas o Google precisou de alguns anos para entender o comportamento dos ventos na estratosfera e desenvolver uma forma de posicionar melhor os balões a 20 km de altitude. Os estudos tornaram possível enviar anéis de balões que ficam sobre uma pequena região por mais tempo — no Peru, o Project Loon conseguiu ficar no espaço aéreo por 98 dias.

Com a nova estratégia do Project Loon, o Google pretende usar 100 vezes menos balões que o planejado anteriormente (!) e precisa de apenas algumas semanas, não meses, para fornecer internet para uma área específica.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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