Um smartphone “apertável” pode ser mesmo útil?

Felipe Ventura
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• Atualizado há 2 anos

Entra ano, sai ano, e a HTC continua sendo ofuscada pelas concorrentes no mercado de smartphones. Desta vez, ela está preparando um aparelho que pode ser apertado nas bordas para controlar recursos sem tocar na tela.

O HTC U será revelado oficialmente em 16 de maio, e a taiwanesa anunciou o evento dizendo “esprema pelo brilhante”. Segundo Evan Blass, você poderá acessar um menu e abrir apps apertando a moldura metálica.

Blass também é conhecido como @evleaks, e é uma fonte confiável no mundo da tecnologia. Ele escreve no VentureBeat que o HTC U (codinome Ocean) será o próximo smartphone top de linha da empresa. As especificações: processador Snapdragon 835, câmera de 12 megapixels na traseira e 16 MP na frente, e tela de 5,5 polegadas com resolução 2560 x 1440.

E ao redor da tela, teremos sensores embutidos na estrutura metálica, nos lados esquerdo e direito, para que o usuário controle ações personalizáveis. Vídeos vazados mostram que o Edge Sense permite ativar o Google Now, abrir apps, aumentar e diminuir o volume da música, ajustar o zoom da câmera e tirar fotos.

A ideia de bordas sensíveis à pressão não é nova. Em 2012, a operadora japonesa NTT Docomo demonstrou a Grip UI, com um smartphone modificado com sensores nas bordas para desbloquear o dispositivo, abrir o navegar, ativar a busca por voz, entre outras tarefas.

Eu não estou muito convencido de que isso possa ser útil. Por exemplo, telas sensíveis à pressão prometiam ser a próxima tendência em smartphones quando o iPhone ganhou o 3D Touch, mas poucas fabricantes adotaram esse recurso — ele não é tão interessante quanto parecia.

Será que uma borda sensível à pressão ajudará a HTC a se destacar no mercado? Ou isso é só um truque sem muita utilidade? Saberemos ao certo no mês que vem.

Felipe Ventura

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. Começou no TB em 2017 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia, e hoje coordena um time de editores-assistentes e a rotina das editorias. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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