Apple decide encerrar produção de iPads no Brasil

Paulo Higa
Por
• Atualizado há 1 semana

Depois de cinco anos, a Apple decidiu parar de montar iPads no Brasil. A informação é do jornal Gazeta do Povo, que afirma que a linha de produção do tablet na fábrica da Foxconn, em Jundiaí (SP), foi desativada há cerca de 20 dias. O fim da fabricação nacional resultou na demissão de cerca de 70 dos 130 funcionários que trabalhavam na montagem do produto.

A Foxconn, que continua produzindo o iPhone no Brasil, foi responsável pela montagem do iPad 2, lançado em 2011, até o iPad Air 2, que desembarcou em 2015. Os documentos de homologação da Anatel também indicam a unidade de Jundiaí como uma das fábricas autorizadas para produzir o iPad Pro, de 2016, mas não se sabe se isso chegou a acontecer.

Tradicionalmente, a Apple importava as primeiras unidades do iPad e, depois de alguns meses, iniciava a produção nacional. A instalação da linha de montagem em Jundiaí era uma forma de se beneficiar da Lei do Bem, que concedia isenções fiscais para produtos feitos no Brasil. No entanto, em 2015, a lei foi revogada. Desde então, algumas empresas têm conseguido o benefício por meio de liminares na justiça.

Para quem compra o iPad, a verdade é que a notícia não muda quase nada. Os preços do tablet continuam inviáveis no país, mesmo depois da estabilização do dólar. O iPad menos caro é o de 9,7 polegadas, que custa R$ 2.499 na versão de 32 GB — nos Estados Unidos, ele é vendido por US$ 329. O iPad Pro, que parte de US$ 729 no exterior, não sai por menos de R$ 6.299 no Brasil.

Receba mais notícias do Tecnoblog na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

Relacionados