A Atari, uma das maiores responsáveis pela criação da indústria moderna de videogames, está voltando. O CEO Fred Chesnais confirmou nesta sexta-feira (16), em entrevista ao VentureBeat, que a empresa está trabalhando no desenvolvimento de um novo console.

Um vídeo misterioso surgiu no YouTube no dia 8 de junho fazendo referência a um Ataribox, que supostamente seria um novo produto físico da Atari. Muita gente duvidou da veracidade do vídeo, mas Chesnais afirmou que os rumores eram verdadeiros, e que a Atari “está de volta ao mercado de hardware”.

Não foram divulgados detalhes do console. Por enquanto, sabe-se que ele será “baseado em tecnologia de PC”, o que pode significar basicamente qualquer coisa. O design ainda está sendo trabalhado e deve ser revelado no futuro. O VentureBeat especula que a Atari pode estar querendo pegar uma fatia do mercado de retrogaming, especialmente considerando o sucesso que o NES Classic Edition teve.

O videogame de maior sucesso da marca foi o Atari 2600, lançado em 1977, que vendeu mais de 30 milhões de unidades. Ele tinha um joystick com um botão vermelho e um manche. Pac-Man foi o jogo mais vendido, mas o console rodou inúmeros outros games icônicos, como Pitfall, Asteroids, Space Invaders, Mario Bros e Donkey Kong. A empresa nunca conseguiria repetir o sucesso com os futuros Atari 5200 e 7800.

A Atari entrou com pedido de proteção contra falência em 2013, quando empregava somente 40 funcionários nos Estados Unidos, mas já se recuperou. O atual CEO Fred Chesnais foi quem comprou a companhia, que atualmente foca no mercado de jogos para dispositivos móveis. Segundo ele, a Atari é hoje uma empresa lucrativa.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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