Uber atualiza visual e sensores de sua frota de caminhões autônomos

O Uber vem investindo em tecnologias de carros autônomos, e também trabalha para criar caminhões que dirigem sozinhos. A empresa divulgou recentemente novas imagens de seus veículos, desta vez com sensores mais poderosos.
O caminhão tem um novo sensor de laser na parte superior, um LIDAR giratório de 64 canais para melhorar a coleta de dados. “Ele constrói uma nuvem de pontos de alta qualidade dos arredores. Isso ajuda o sistema de software a tomar decisões melhores sobre o que há no mundo”, explica Alden Woodrow, líder de produto na divisão de caminhões do Uber, ao TechCrunch.
O Uber começou a investir em caminhões quando comprou a startup Otto — marca que, até recentemente, aparecia nos veículos. Ela foi retirada por dois motivos: uma disputa de marca registrada com a empresa canadense Otto Motors; e a disputa judicial com a Alphabet, dona do Google.
A Otto foi fundada por Anthony Levandowski, engenheiro industrial que antes trabalhava no Google. A Waymo, divisão de carros autônomos da Alphabet, acusa Levandowski de roubar dados confidenciais antes de deixar a empresa. Em maio, ele foi demitido do Uber, mas o processo judicial continua.
Woodrow diz ao TechCrunch que os caminhões não foram atualizados por causa da disputa entre Uber e Waymo; e que o novo LIDAR foi adquirido de outra empresa, em vez de ser desenvolvido internamente pelo Advanced Technologies Group.
O caminhão do Uber dirige com autonomia de “nível 2”, ou seja, o motorista recebe auxílio na condução, aceleração e frenagem — mas está longe de ser dispensável.
A NHTSA, órgão federal americano de segurança no trânsito, classifica a autonomia veicular em níveis que variam de 0 a 5:
Todo caminhão do Uber tem um motorista treinado a bordo, pronto para assumir o controle. A empresa também comprou mais caminhões equipados com sua nova tecnologia, e cogita fazer um teste público novamente. No ano passado, a Otto usou um desses veículos numa viagem de 200 km para entregar 50 mil latas de cerveja.
Com informações: TechCrunch, The Verge.