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Traduzir textos automaticamente é uma tarefa difícil ao extremo. Além das características únicas de cada idioma, as ferramentas de tradução precisam lidar com gírias, expressões regionais e erros ortográficos. É por isso que o Facebook decidiu ser ousado: todas as traduções dentro da rede social agora são feitas por inteligência artificial.

Você já deve ter visto as traduções. Elas ficam disponíveis, por exemplo, quando você acessa um post de uma página que publica conteúdo em um idioma diferente do seu. Essas traduções já eram dotadas de alguma inteligência. Só que, agora, o Facebook está adotando um sistema mais complexo.

O sistema anterior até fazia boas traduções, mas tinha um grau de imprecisão relativamente alto por utilizar um método de interpretação de palavra por palavra ou de análise de frases curtas. O novo tem como base um algoritmo de aprendizagem de máquina do tipo LSTM (Long Short Term Memory) que, por oferecer uma estrutura de memória de longo prazo, se mostra adequado para esse tipo de tarefa.

Em outras palavras, o algoritmo avançado tem mais recursos para contextualizar as traduções. O próprio Facebook explica: quando uma palavra não tem tradução direta em determinado idioma, o sistema reserva um espaço para ela e procura um termo correspondente em uma espécie de dicionário construído durante o treinamento do algoritmo. Assim, o sistema conseguirá saber que a expressão tmrw significa tomorrow (amanhã), por exemplo.

Antes e depois
Antes e depois

Base para treinamento o Facebook tem de sobra: de acordo com a companhia, cerca de 4,5 bilhões de traduções automáticas são realizadas por dia dentro da rede social. Assim, o sistema consegue ser eficiente com um número considerável de idiomas.

O novo sistema também deve ajudar o Facebook a fazer traduções diretas. No padrão atual, um texto precisa ser convertido para inglês e somente depois ser traduzido para o idioma de destino. Traduções sem o inglês como intermediário deverão ser mais rápidas.

Já dá para notar o avanço. De acordo com a companhia, a inteligência artificial fez o sistema melhorar 11% dentro da escala Bleu, que mede a precisão das traduções automáticas.

Com informações: The Verge

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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