O valor de mercado do Bitcoin acaba de ultrapassar todo o real em circulação no Brasil

O Bitcoin vem batendo recordes a cada semana, tendo quadruplicado seu preço nos primeiros oito meses de 2017. A criptomoeda valia US$ 959 em 1º de janeiro, ultrapassou os US$ 2.000 em maio, chegou a US$ 3.000 há apenas uma semana e acabou de atingir o patamar histórico de US$ 4.000. O que poucos notaram é que o valor de mercado do Bitcoin ultrapassou todo o real em circulação no Brasil.

A moeda digital atingiu cotação de US$ 4.263 na manhã desta segunda-feira (14). Como existem 16,5 milhões de bitcoins minerados até o momento, o valor de mercado da criptomoeda é de US$ 70,37 bilhões, o equivalente a R$ 220,88 bilhões. Em comparação, o meio circulante nacional é de R$ 218,69 bilhões, de acordo com os números do Banco Central.

Isso significa que, se você juntar todas as cédulas e moedas de real que estão em poder do público e da rede bancária no país, não é possível comprar todos os bitcoins que já foram emitidos pelos mineradores. Em outras palavras, Bitcoin vale mais que dinheiro, como diria Silvio Santos.

Serão minerados 21 milhões de bitcoins até o ano 2140, quando a produção se encerrará. A quantidade de moedas cresce mais lentamente a cada quatro anos: um novo bloco, que registra as transações na blockchain, é descoberto a cada 10 minutos e gera uma recompensa aos mineradores, que era de 50 BTC em 2009, passou para 25 BTC em 2012 e 12,5 BTC em 2016. 78,6% dos bitcoins já foram emitidos.

Junto com o crescimento, o Bitcoin enfrenta o avanço de outras centenas de criptomoedas. A moeda pioneira representa 50,4% do mercado de US$ 140 bilhões, mas já foi mais expressiva, detendo mais de 80% de participação durante cinco anos. O valor de mercado do Bitcoin é seguido de perto pelo Ethereum (US$ 28,36 bilhões), Ripple (US$ 6,62 bilhões) e pelo recém-criado Bitcoin Cash (US$ 5,07 bilhões).

Aviso de transparência: o autor possui ou já possuiu BTC, ETH e outras criptomoedas.

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