Enquanto o Brasil dá passos tímidos rumo a pagamentos com celular, a China experimenta uma forma de realizar transações com biometria. A Ant Financial, subsidiária da gigante de comércio eletrônico Alibaba, está testando um serviço chamado “Smile To Pay”.

O cliente faz o pedido em um totem de autoatendimento, toca nos itens que quer comprar e escolhe a opção de pagamento “escaneamento facial”. A câmera 3D faz uma varredura facial de um a dois segundos, e tem um algoritmo para detectar que se trata de uma pessoa, e não de uma foto ou vídeo.

O usuário precisa inserir o número de celular como uma camada extra de verificação, mas o pagamento é autorizado mesmo se o aparelho estiver desligado, segundo o Quartz. Um vídeo promocional mostra que o Smile To Pay funciona mesmo se a cliente usa uma peruca, ou se está acompanhada por outros amigos.

Essa tecnologia esteve em testes há muitos anos. Ela foi demonstrada pelo presidente da Alibaba, Jack Ma, na feira Cebit em 2015. Desde então, clientes do Alipay podem fazer login no aplicativo de pagamentos móveis usando o rosto. Agora, isso é possível também em um estabelecimento comercial: o “Smile to Pay” está presente em uma filial da KFC em Hangzhou, no leste da China, com planos de se expandir.

https://www.youtube.com/watch?v=f-NIAUhU2E0

Outras empresas também estão interessadas em reconhecimento facial para pagamentos. A JD.com, rival da Alibaba, também permite que seus clientes usem o rosto para fazer login em seus aplicativos. Ela prepara um sistema em que o usuário se aproxima de um iPad que examina seu rosto para autorizar uma compra. A JD diz que sua tecnologia ainda está em uma fase inicial.

Com informações: Quartz, The Verge.

Receba mais notícias do Tecnoblog na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

Relacionados