O Tidal não para de perder dinheiro e pode chegar ao fim

Mas a empresa nega

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 semanas

Lembra do Tidal, serviço de streaming de música de Jay-Z? Muita gente também não. E a empresa pode estar com os dias contados, se as informações do jornal norueguês Dagens Næringsliv estiverem corretas: segundo a publicação, o Tidal tem dinheiro suficiente para continuar funcionando somente pelos próximos seis meses.

O Tidal teve prejuízo de US$ 44 milhões em 2016, de acordo com o jornal. Mesmo com um acordo da operadora Sprint para comprar 33% do serviço de música por US$ 200 milhões, parece que a situação é pior que a esperada: a expectativa era que o investimento (que incluía US$ 75 milhões para financiar conteúdo exclusivo) fosse suficiente para manter a empresa por 12 a 18 meses.

Os concorrentes também são deficitários. O Spotify, por exemplo, teve prejuízo de US$ 581 milhões; em compensação, o serviço possui mais de 140 milhões de usuários, sendo 60 milhões de pagantes. O Deezer tentou abrir seu capital na bolsa de valores em 2015, mas cancelou os planos devido a “condições do mercado”; ele tem 12 milhões de usuários.

Enquanto isso, o Tidal parou de divulgar seus números em 2016: os dados oficiais mais recentes indicam 3 milhões de usuários, enquanto a imprensa relata que a informação verdadeira seria de apenas 850 mil. No ano passado, o próprio Jay-Z afirmou que a empresa do qual comprou o Tidal por US$ 56 milhões inflou o número de usuários, e queria parte do seu dinheiro de volta.

Em resposta, o Tidal diz que “recebeu cobertura negativa da mídia desde sua criação, mas não fez nada além de expandir o negócio a cada ano”. A empresa afirma que planeja começar a lucrar em meados de 2018.

Com informações: Engadget.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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