Foto por Curtis Palmer/Flickr

O que você fez com seu celular antigo, ou com o laptop que deixou de funcionar? Nossos gadgets têm componentes que podem causar danos ao meio ambiente, por isso é importante descartá-los de forma correta. Infelizmente, não é isso que costuma acontecer.

Um novo relatório da UIT (União Internacional de Telecomunicações), da ONU, mostra que apenas 20% do lixo eletrônico é reciclado adequadamente no mundo. O restante não é documentado, e às vezes acaba descartado com o lixo comum.

Foram gerados 44,7 milhões de toneladas de e-lixo em 2016, incluindo celulares, laptops, impressoras, câmeras, TVs, máquinas de lavar, geladeiras e lâmpadas. Isso contém materiais brutos cujo valor é de aproximadamente US$ 65 bilhões.

No Brasil, foram 1,5 milhão de toneladas no ano passado, ou 7,4 kg por habitante. Temos desde 2010 uma lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que ainda não foi implementada. Por exemplo, ela proíbe totalmente os lixões, só que ainda existem mais de 2 mil aterros irregulares no país.

O governo não tem dados oficiais sobre a reciclagem do lixo eletrônico. Na América Latina, apenas sete países cumprem leis nacionais sobre e-waste (Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México e Peru).

A UIT estima que, em 2021, a humanidade vai gerar 52,2 milhões de toneladas de lixo eletrônico. “Embora 66% da população mundial seja coberta por legislação sobre e-lixo, é preciso fazer mais esforços para aplicá-la, implementá-la, e incentivar mais países a desenvolver políticas de resíduos eletrônicos”, diz o relatório.

No Brasil, você pode encontrar pontos de reciclagem usando o buscador da eCycle. Se você mora em São Paulo, pode conferir uma lista de locais que recebem lixo eletrônico aqui e aqui.

Com informações: Ars Technica.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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