Kodak diz que vai lançar criptomoeda e ações disparam 60%

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 semana

Já falamos de companhias que estão trocando de nome para aproveitar a mania das criptomoedas, como uma empresa de tabaco, uma rede de fast food e uma fabricante de chá gelado. Todas elas viram suas ações subirem depois da mudança. A nova velha empresa a aderir ao negócio é a Kodak, que vai fazer uma oferta inicial de tokens (ICO) para lançar uma criptomoeda para fotógrafos.

Nesta terça-feira (9), a Kodak anunciou que fechou uma parceria com a Wenn Digital para lançar a KodakCoin. Trata-se de uma “criptomoeda com foco em fotografia para capacitar fotógrafos e agências a terem maior controle no gerenciamento de direitos de imagens”. Uma rede baseada em blockchain permitirá que os fotógrafos licenciem seus trabalhos e ganhem dinheiro (na verdade, KodakCoins) por isso.

Como aconteceu com várias outras empresas, a Kodak viu suas ações dispararem com a novidade. As ações da companhia abriram a US$ 3,10 na bolsa de Nova York e chegaram a ser negociadas a US$ 4,95, uma alta de 59,7%. No momento em que escrevo este parágrafo, os papeis estão subindo 36% no dia.

A Kodak foi fundada em setembro de 1888 e, durante muito tempo, dominou o mercado de fotografia, sendo responsável pela venda de 90% dos filmes fotográficos no final da década de 1970. A empresa inventou as câmeras digitais, mas não entrou de cabeça no mercado para continuar lucrando com filmes. Foi destruída pelas concorrentes e entrou com pedido de falência, mas se recuperou em 2013.

Desta vez, não dá para dizer que eles não estão atentos às novidades do mercado.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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