Project Linda é um dock que transforma o Razer Phone em notebook

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 semana

A Razer gosta de apresentar conceitos de produtos na CES, como aquele notebook gamer com três telas 4K (que inclusive foi roubado). Em 2018, a novidade da empresa é o Project Linda, um dock que transforma o potente Razer Phone em um notebook com teclado físico e tela de 13,3 polegadas, lembrando bastante o Lapdock do Motorola Atrix.

O Project Linda não tem processador, sistema operacional ou mesmo som próprio; ele replica as funções do Razer Phone em uma tela maior. Visto de longe, é um notebook comum (com as teclas brilhantes e outros embelezamentos da Razer, claro), só que com um espaço para colocar o smartphone no lugar onde normalmente ficaria um trackpad.

Quando conectado ao Linda, o Razer Phone funciona como um trackpad inteligente, ou como uma segunda tela interativa para aplicativos com interfaces adaptadas. Todo o resto é exibido na tela de 13,3 polegadas com resolução Quad HD e taxa de atualização de 120 Hz, mesmas características encontradas no painel de 5,7 polegadas do smartphone.

O teclado é retroiluminado (com LEDs de cores personalizáveis) e tem adaptações para funcionar melhor com o Android: em vez dos botões de função (F1 a F12), há atalhos de voltar, início, multitarefa, menu de aplicativos, pesquisa por voz ou captura de tela. Você pode conectar um mouse para uma jogatina mais precisa e um fone de ouvido (sim, tem entrada de 3,5 mm!) se não quiser depender dos alto-falantes do celular.

Um detalhe bacana é que a carcaça do dock tem uma bateria interna de 53,6 Wh, suficiente para recarregar o smartphone até três vezes, além de 200 GB de armazenamento para guardar arquivos de mídia ou backups do celular. Somando o Razer Phone e o Project Linda, eles pesam apenas 1,25 kg.

E como é utilizar o Project Linda? A Razer faz questão de afirmar que se trata de um conceito, mas o Engadget, que testou o produto, diz que ele “parece um hardware quase final”, precisando de apenas alguns ajustes (a tecnologia de rejeição de palma da mão do trackpad ainda não funciona como deveria). E a versão final pode ter uma tela com 120 Hz, Quad HD, touchscreen e HDR, algo que ainda não existe na categoria.

De qualquer forma, ainda precisamos ver se o preço não ficará tão absurdamente proibitivo de forma exagerada pra caramba: o Razer Phone, sozinho, já é bem caro, custando US$ 700 no mercado americano. Dependendo, talvez seja melhor comprar um notebook de verdade.

Mas é bem legal.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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