Depois de anunciar uma criptomoeda própria, um minerador de Bitcoin e fones de ouvido Bluetooth (?!), a Kodak finalmente colocou os pés no chão. Ou não. A companhia está se preparando para lançar uma nova versão do Super 8, equipamento de vídeo lançado nos anos 1960 que fez bastante sucesso naquela e na década seguinte.

Para ser preciso, o formato Super 8 surgiu em 1965 pelas mãos da própria Kodak com a proposta de ser uma evolução dos filmes de 8 mm. As câmeras compatíveis eram relativamente baratas, portáteis e fáceis de operar, o que contribuiu para popularizar as filmagens amadoras. Mas o sistema Super 8 também caiu nas graças de cineastas renomados, como Oliver Stone e Steven Spielberg.

O tempo passou, tecnologias mais avançadas surgiram e o formato Super 8 caiu em desuso, ainda que, até hoje, câmeras do tipo sejam mantidas por entusiastas ou estúdios de cinema para produções específicas. Mas a Kodak acredita que ainda há espaço para o Super 8 ser explorado comercialmente: na CES 2016, a companhia anunciou uma nova câmera do tipo e até expôs um protótipo.

Agora, dois anos depois, a Kodak volta ao assunto para dizer que a câmera está quase pronta. Os engenheiros tiveram que aprender conceitos empregados no equipamento que se perderam com o tempo. Daí a demora, explica a empresa. Para provar que o projeto está na reta final, a Kodak liberou um vídeo com cenas gravadas com o equipamento:

A data não foi informada, mas a Kodak pretende lançar a câmera neste ano em “mercados selecionados”. O preço, porém, não vai ser tão apreciado quanto o formato: algo entre US$ 2.500 e US$ 3.000.

Por esse valor, a câmera vai trazer recursos como tela LCD de 3,5 polegadas, bateria removível, porta USB e slot para cartão SD para armazenamento do áudio. Aliás, o som será a única parte gravada em formato digital. Os vídeos em si serão registrados em cartuchos de fita.

Kodak Super 8

Agora vem a parte mais inusitada: a companhia vai oferecer um serviço chamado Kodak Darkroom que permitirá que o usuário compre cartuchos e os revele, digamos assim. Para isso, será necessário enviar o filme à Kodak que, por sua vez, digitalizará o material em até 24 horas e notificará o usuário para que ele baixe a gravação.

É coisa para entusiastas e nostálgicos mesmo.

Com informações: Engadget.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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