Apple Watch pode detectar diabetes com 85% de precisão

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 semana
Foto por Jon Fingas/Flickr

Os wearables coletam tantos dados do nosso organismo que podem acabar salvando vidas: a Cardiogram, startup especializada em detectar doenças com base em cardiogramas, descobriu que é possível encontrar sinais de diabetes em estágio inicial com 85% de precisão utilizando apenas um Apple Watch.

O estudo foi feito em parceria com a Universidade da Califórnia em São Francisco e coletou dados de 14.011 proprietários de Apple Watches. Depois, os pesquisadores analisaram o equivalente a mais de 33 mil semanas de informações com uma rede neural. O resultado: 462 pessoas foram diagnosticadas com diabetes.

Mas como é possível detectar diabetes com um smartwatch que não possui nenhum componente específico para isso, como um medidor de glicose no sangue? Eles se basearam em um estudo de 2015, que mostrava que a frequência cardíaca em repouso e a variação nos batimentos eram medidores relativamente confiáveis para encontrar sinais de diabetes e hipertensão — e resolveram testar a hipótese com o Apple Watch.

No passado, a Cardiogram já conseguiu detectar hipertensão com 82% de precisão, apneia do sono com 90% de precisão e arritmia cardíaca com 97% de precisão. No caso do diabetes, 85% de precisão não é como se fosse algo perfeito — mas já é uma precisão suficiente para que uma pessoa possa ir ao médico, ser diagnosticada e começar o tratamento antes que a doença saia de controle.

8,9% dos brasileiros são diagnosticados com diabetes, uma doença na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz, o que a longo prazo pode causar danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

Com informações: TechCrunch.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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