Em todo o mundo, 11% dos usuários de internet têm um bloqueador de anúncios ativo, e esse número tende a aumentar: até o Google Chrome incorporou um ad blocker nativo para propagandas invasivas.
A extensão AdBlock quer resolver outro problema, criando um cache local para componentes web usados pela maioria dos sites. A ideia é acelerar o carregamento e melhorar a privacidade.
Diversas páginas dependem de bibliotecas JavaScript para funcionarem direito. Esses componentes são gratuitos e amplamente usados por desenvolvedores web. No entanto, mesmo que dois sites usem a mesma biblioteca, ela será baixada duas vezes.
Por isso, o AdBlock analisa o código-fonte de cada site para procurar bibliotecas JavaScript, e ignora o carregamento dela caso já esteja armazenada no seu computador — em vez disso, ela vai rodar a partir de uma pasta local.
Por enquanto, esse recurso faz cache apenas da biblioteca jQuery, que é bastante usada; e está disponível na extensão para Chrome — ele será implementado futuramente no Firefox.
É preciso ativá-lo nas configurações: trata-se do “Enable local content caching for popular website libraries”, que está em beta.
O AdBlock diz que isso também vai proteger contra rastreamento via arquivos JavaScript de CDNs (redes de distribuição de conteúdo). Elas servem para acelerar o carregamento: por exemplo, um usuário dos EUA vai baixar dados a partir de um servidor no país, enquanto um brasileiro terá acesso via um servidor local.
No entanto, as CDNs são operadas por grandes empresas como Google e Microsoft, e usam bibliotecas JavaScript como uma forma de rastreamento dos usuários. O novo recurso do AdBlock promete evitar isso.
Vale notar que o cache de bibliotecas JavaScript está disponível apenas na extensão AdBlock, não na AdBlock Plus.
Com informações: AdBlock, Bleeping Computer.