Motorista de Tesla semiautônomo tem carteira suspensa por estar no banco do passageiro

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos
Tesla Model S 60
Tesla Model S 60

O Autopilot usado em carros da Tesla é bastante eficiente, mas ainda depende da presença do motorista em seu lugar convencional. A empresa pede a atenção para eventuais problemas com o sistema ou eventos inesperados na rua.

Na Inglaterra, porém, um motorista decidiu realizar uma viagem no banco do passageiro após ativar o piloto automático de seu S 60, modelo semiautônomo da Tesla. A ideia resultou na suspensão da carteira por 18 meses e a ordem para realizar 100 horas de serviço não remunerado.

Ele também terá de pagar 1.800 libras (cerca de R$ 8.630) pelas despesas que a promotoria teve no caso.

A denúncia foi feita após o motorista ser filmado em uma rodovia próxima à cidade de Hemel Hempstead. O carro estava a pouco mais de 60 km/h quando ele ocupava o banco do passageiro.

O vídeo foi compartilhado nas redes sociais e enviado à polícia local. Durante seu julgamento, o motorista se declarou culpado na acusação de direção perigosa e disse ter sido o “azarado que foi pego”.

O capitão da polícia disse à BBC que a ação do motorista foi “grosseiramente irresponsável e poderia facilmente ter acabado em uma tragédia”.

Uma declaração enviada por um engenheiro da Tesla ao tribunal informou que o Autopilot tem a missão de auxiliar no dia a dia, mas que os motoristas precisam estar totalmente atentos ao que acontece ao seu redor.

Este foi o mesmo argumento usado para livrar a Tesla da responsabilidade em um acidente que ocorreu em março, quando um veículo se chocou com uma barreira em uma estrada de Mountain View, na Califórnia. O motorista não sobreviveu.

A Tesla afirmou que seu sistema fez diversos alertas visuais e sonoros para o motorista reassumir a direção. No entanto, um sensor indicou que o piloto não colocou as mãos no volante no momento antes do acidente.

Com informações: BBC.

Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

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Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi redator, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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