A Neon Pagamentos teve suas operações afetadas depois que um banco parceiro, o Banco Neon S/A, foi liquidado extrajudicialmente por irregularidades. A decisão não envolve o serviço de conta digital e os cartões pré-pagos, mas a fintech precisa de uma instituição financeira autorizada pelo Banco Central para voltar a operar. Nesta segunda-feira (7), ela anunciou que fechou um acordo com o Banco Votorantim.

Desde sexta-feira (4), com o fim do Banco Neon S/A, os clientes da Neon Pagamentos S/A estão impedidos de realizadas determinadas operações. Esta página mostra que serviços como transferências, depósitos por boleto bancário, pagamentos de contas, recargas de celular e compras com cartão virtual estão inoperantes. Ainda é possível fazer compras no cartão de débito físico e sacar no Banco24Horas.

O recurso Objetivos também está indisponível. Ele consistia em uma aplicação (CDB) com liquidez diária que prometia render mais que a poupança (100% do CDI). Como esses investimentos eram realizados por meio do Banco Neon S/A, que foi liquidado, é necessário esperar que o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) libere a garantia, até o limite de R$ 250 mil por CPF.

A parceria com o Banco Votorantim permite que a Neon Pagamentos volte a oferecer os serviços atualmente indisponíveis. Não há prazo para a normalização; em comunicado à Folha, o Banco Votorantim diz que trabalha “para o restabelecimento integral de todas as suas atividades o mais rápido possível”.

O Banco Neon S/A, anteriormente conhecido como Pottencial, era uma instituição de pequeno porte, com cerca de R$ 200 milhões em ativos, o equivalente a 0,0038% do sistema bancário. Enquanto isso, o Banco Votorantim registrou R$ 93,5 bilhões em ativos em 2017, com um lucro líquido de R$ 582 milhões; em 2009, parte da instituição foi adquirida pelo Banco do Brasil.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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