A Revolução dos Bichos, de George Orwell, vai virar filme na Netflix
Netflix fechou parceria com Andy Serkis para produzir filme baseado em A Revolução dos Bichos, uma das obras mais conhecidas de George Orwell
Para a Netflix, investir em conteúdo original é uma estratégia cada vez mais importante. A última investida recai sobre uma das fábulas mais icônicas do século 20: a companhia adquiriu os direitos para produzir um filme baseado em A Revolução dos Bichos (Animal Farm, no original em inglês), de George Orwell.
A informação vem do site Deadline, que também revela que a adaptação ficará a cargo de Andy Serkis. Talvez o nome não lhe soe familiar, mas certamente você conhece alguns dos trabalhos dele. Com mais de 30 anos de carreira, Serkis já participou de diversos projetos para o cinema e a TV, com destaque para interpretações com captura de movimentos para personagens em computação gráfica. Um de seus papéis mais conhecidos é o de Gollum, em O Senhor dos Anéis:
Serkis negociou os direitos para produzir uma adaptação de A Revolução dos Bichos em 2012, mas teve dificuldades para conseguir apoio para o projeto. Com a chegada da Netflix, os planos finalmente serão retomados.
Ainda há poucos detalhes sobre a produção, mas tudo indica que Serkis usará a sua experiência com captura de movimentos (motion capture) para fazer o filme ser baseado em computação gráfica. Sabe-se que Matt Reeves, que dirigiu Planeta dos Macacos: O Confronto e Planeta dos Macacos: A Guerra — duas produções que também tiveram participação de Serkis —, topou trabalhar na produção de A Revolução dos Bichos.
Também não há informações sobre quando a produção começará, tampouco há previsão sobre a sua estreia na Netflix. Mas pressa é uma característica que não pode fazer parte do projeto: a adaptação de uma obra tão emblemática merece ser cercada de todos os cuidados para corresponder ao máximo ao que é manifestado no livro.
Publicado pela primeira vez em 1945, no Reino Unido, A Revolução dos Bichos é um livro distópico, cuja história é protagonizada por animais que retratam comportamentos humanos nocivos, como traição e corrupção. A obra também é vista como uma sátira política sofisticada, que reflete principalmente as críticas de George Orwell aos princípios ditatoriais de Josef Stalin.
Mas o enredo da história mostra que a obra também se encaixa em contextos políticos atuais: os animais se rebelam contra os donos humanos de uma fazenda com o intuito de construir um ambiente justo e igualitário para os bichos que vivem ali, porém, esses ideais acabam sendo substituídos por ações que beneficiam os líderes da revolução.
Um dos mandamentos instituídos ali é o de que “todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros”.
