Yellow vai multar em R$ 30 quem deixar bicicleta fora da área de atuação

Yellow promete expandir área de atuação para mais bairros de São Paulo e para outras cidades; app oferece devolução de créditos

Felipe Ventura
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses

A Yellow vai cobrar uma taxa de retorno de R$ 30 para quem deixar a bicicleta fora de sua área de atuação, que engloba alguns bairros de São Paulo. A multa começa a valer na próxima segunda-feira (1º de outubro). A empresa permite alugar bikes através de um aplicativo para iPhone e Android, por R$ 1 a cada 15 minutos.

A área de atuação da Yellow inclui os Jardins, Pinheiros, Vila Madalena, Butantã, Jaguaré, Vila Leopoldina, Moema, Itaim Bibi, Vila Olímpia, Indianópolis, Campo Belo e Santo Amaro. Isso é indicado no aplicativo como a parte clara do mapa.

Não era assim que a Yellow funcionava: a área de atuação não era destacada no app, e você podia alugar bicicletas e deixá-las em qualquer bairro, sem ameaça de multa. Por exemplo, eu já fui de Perdizes até a Avenida Paulista, áreas que a empresa deixou de atender (estão na área cinza do mapa).

Algumas pessoas foram além. É possível encontrar bikes da Yellow em bairros mais afastados do centro; segundo a Folha, há quem vá de bicicleta entre um terminal de ônibus e o local de trabalho. Elas também estão presentes em cidades da região metropolitana, como Guarulhos, Carapicuíba e Embu das Artes.

Yellow devolve dinheiro para quem comprou créditos

Se você comprou créditos da Yellow, mas usa a bicicleta fora da área de atuação, pode solicitar estorno do saldo indo em Menu > Minha carteira > Estornar crédito. Isso vale apenas para quem pagou com cartão de crédito.

“Pode levar até duas faturas para que o valor conste no seu cartão, a depender do emissor”, avisa a empresa. Os créditos não têm validade; antes, eles venciam após dois meses.

Yellow defende multa para delimitar área de atuação

A Yellow estreou o serviço em agosto com 500 bicicletas na capital paulista. Atualmente, ela oferece 2 mil. A empresa planeja colocar 20 mil bikes em circulação até dezembro, e 100 mil até o ano que vem.

A área de atuação deve ser expandida em 2019 para basicamente todos os bairros de São Paulo. Até lá, no entanto, quem estacionar em locais não-atendidos terá que pagar R$ 30.

“Para o nosso sistema sem estação funcionar bem, é necessária uma grande quantidade de bikes em uma região”, diz o aplicativo. “Além disso, precisamos garantir que nosso time de rua dê suporte para manter as Yellows disponíveis em locais em com alta demanda.”

A taxa de R$ 30 servirá “para assegurar o rebalanceamento das bikes e qualidade do serviço em nossa área de atuação”, de acordo com a empresa. A Yellow não exige que você estacione a bicicleta em uma estação fixa: basta deixá-la em vagas comuns de veículos na rua, ou em paraciclos públicos.

Segundo a Yellow, a taxa de retorno é “destinada à coordenação da equipe de logística”, e esse modelo “é adotado por todas as empresas de compartilhamento de bicicletas sem estação do mundo”.

CEO promete expandir área de atuação

Em comunicado à imprensa, a Yellow diz que está começando “uma nova fase de operação com base nos aprendizados sobre os fluxos da cidade e demandas dos usuários”. Ela também afirma que “a delimitação da área de atuação já havia sido anunciada pela empresa”.

Eduardo Musa, cofundador e CEO da Yellow, diz no comunicado que a área de atuação será expandida “à medida que colocarmos mais bikes nas ruas e de acordo com os pedidos da população”. Locais com grande circulação de pessoas terão prioridade, especialmente hubs de transporte público.

Além disso, mais cidades no Brasil receberão as bicicletas da Yellow até o final do ano. E a expansão internacional deve ocorrer já no começo de 2019, quando a Cidade do México terá bikes e patinetes da empresa.

https://twitter.com/Sukevicius_/status/1045000071484514304

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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