Instagram e Facebook barram fotos que mostram automutilação

As mudanças no Instagram e no Facebook têm o objetivo de impedir a promoção, ainda que involuntária, da prática

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses

O Instagram e o Facebook querem evitar a publicação de fotos que possam promover a automutilação, ainda que de forma involuntária. Para isso, os serviços proibirão nas próximas semanas a publicação de qualquer imagem que retrate situações como cortes no corpo.

Até então, Facebook e Instagram permitiam fotos publicadas no sentido de confissão que, em tese, poderiam ajudar outras pessoas a superarem o mesmo problema. As plataformas, no entanto, entenderam que não ofereciam as condições necessárias para manter usuários em proteção.

Além da proibição, o Instagram deixará de exibir conteúdos implícitos, como cicatrizes curadas, em pesquisas, no feed de hashtags e na guia “Explorar”. Eles ainda poderão ser publicados, mas não terão o mesmo destaque.

A plataforma afirma que permitirá fotos implícitas para não “estigmatizar ou isolar pessoas que possam estar em perigo e publicam esse tipo de conteúdo como um pedido de ajuda”. A rede social terá, ainda, um alerta sobre conteúdo sensível para que certas fotos não sejam vistas imediatamente.

O anúncio sobre as mudanças foi feito na quinta-feira (7), um dia após a notícia do suicídio de uma garota de 14 anos no Reino Unido. Após a tragédia, os pais descobriram que ela acompanhava contas do Instagram que mostravam e promoviam a automutilação.

Para realizar as mudanças, as plataformas afirmam ter ouvido especialistas e acadêmicos na áreas relacionadas a juventude, saúde mental e prevenção do suicídio. As contribuições vieram de pessoas em dez países, incluindo o Brasil, com o Instituto Vita Alere e a SaferNet.

“Coletivamente, nos foi aconselhado que imagens gráficas de automutilação, mesmo ao tratar de alguém compartilhando momentos de dificuldades, tem o potencial de, sem querer, promover essa prática”, afirmou o líder do Instagram, Adam Mosseri.

Segundo ele, o Instagram pretende garantir suporte para quem busca se conectar a comunidades de apoio. “Continuaremos a trabalhar com especialistas e com outros agentes para encontrar formas de apoiar as pessoas quando elas mais precisam”, disse o executivo.

Com informações: Facebook, Instagram, TechCrunch.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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