Netflix responde a iniciativas que tentam barrar seus filmes no Oscar

Pelo Twitter, a Netflix argumentou que o streaming permite que filmes cheguem a mais pessoas

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Netflix

A Netflix levou quatro estatuetas no Oscar 2019, mas não terá vida fácil se depender de profissionais do cinema. O diretor Steven Spielberg, por exemplo, quer iniciar uma campanha para mudar as regras do concurso e impedir a participação de filmes lançados em serviços de streaming.

Após o posicionamento do diretor vir à tona, a Netflix recorreu ao Twitter para defender o lançamento de filmes em plataformas como a sua. “Amamos cinema”, disse a companhia, antes de citar argumentos a favor de seu modelo.

Para a empresa, o streaming oferece “acesso para pessoas que nem sempre podem pagar ou moram em cidades sem cinemas”, além de fazer “todas as pessoas em todos os lugares desfrutarem de lançamentos ao mesmo tempo” e “dar aos cineastas mais maneiras de compartilhar arte”.

O comentário serviu como resposta à opinião do diretor. “Steven sente muito sobre a diferença entre a situação do streaming e do cinema”, afirmou dias antes um porta-voz da Amblin, produtora de fundada pelo diretor, em entrevista ao IndieWire. “Ele ficará feliz se outros se juntarem [à sua campanha] quando isso acontecer”.

Hoje, um filme precisa permanecer em cartaz durante uma semana em cinemas de Los Angeles e ter resenhas em grandes jornais impressos para ser considerado para o Oscar. Algumas pessoas defendem que o tempo mínimo de exibição nos cinemas seja de quatro semanas.

“Uma vez que você se compromete com um formato de televisão, você é um filme de TV. Você certamente – se for um bom programa – merece um Emmy. Mas não um Oscar”, disse Spielberg em entrevista ao ITV News, em março de 2018.

O debate sobre a disputa de filmes da Netflix com produções exibidas apenas nos cinemas ocorreu em outros momentos, como o Festival de Cannes. Ele retornou após Roma ser nomeado para dez prêmios e vencer nas categorias de melhor diretor, melhor filme estrangeiro e melhor fotografia.

A Netflix ainda ganhou a categoria de melhor documentário em curta-metragem, com Period. End of Sentence. A Academia deverá se reunir em abril para discutir as sugestões de mudança e adiantou que “as discussões sobre regras de prêmios estão em andamento com as filiais”.

Com informações: Mashable, Ars Technica.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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