Netflix lança áudio de alta qualidade para TVs com 5.1 ou Dolby Atmos

Mesmo com taxa alta de reprodução, áudio de alta qualidade não é livre de compressão

André Fogaça
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
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A Netflix anunciou nesta quarta-feira (1) que inseriu áudio de alta qualidade em Dolby Atmos e 5.1 canais na reprodução de conteúdo na TV. Além disso, junto da resolução, a qualidade do som será alterada de acordo com a estabilidade da conexão com a internet que é utilizada durante a transmissão.

De acordo com a empresa, se o aplicativo que roda nas TVs detectar que há suporte para 5.1 canais de áudio, o streaming do som poderá ser de até 640 kbps, partindo de 192 kbps quando a conexão não estiver boa. Se o Dolby Atmos estiver presente, a reprodução começará em 448 kbps e irá até 768 kbps.

A reprodução nesta taxa deixa claro que a compressão ainda existe, ficando distante de tecnologias quase que sem qualquer perda, como em estúdio com 24-bit e 48 kHz, em 1 Mbps por canal. A Netflix afirma que escolheu ainda assim comprimir um áudio e dar o nome de “alta qualidade”, pois em testes internos com arquivo acima da taxa máxima, a diferença é pouco ou nada perceptível para a audiência.

A variação de taxa de bits será sutil e andará dentro do mínimo e máximo de cada configuração, algo que não existia até então. Até a mudança de hoje, a qualidade do áudio era configurada automaticamente no início da reprodução do filme ou da série, sem ser alterada depois. Isso significa que se sua conexão começou ruim, mas melhorou poucos segundos depois, o vídeo ganha mais resolução, mas o áudio seguirá até o final em qualidade baixa.

A nota não diz em quais dispositivos o usuário encontrará conteúdo com áudio em 5.1 canais ou Dolby Atmos, mas diz que eles estarão em “aparelhos de TV” e os filmes e séries com estas opções serão identificados.

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.

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