Samsung e LG iniciam pesquisas em 6G que pode chegar a 1 TB/s

Sucessor do 5G tem lançamento previsto para 2030; objetivo é chegar a velocidades de até 1 TB/s (terabyte, não terabit)

Felipe Ventura
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• Atualizado há 1 ano e 6 meses
Imagem: albertoadan/Pixabay

O 5G está começando a ser implementado nos EUA, Coreia do Sul e Europa, então chegou a hora de desenvolver a próxima geração de redes móveis: a Samsung anunciou nesta semana a criação de um novo centro dedicado ao 6G; a LG fez o mesmo em janeiro. Além disso, a China promete começar as pesquisas nessa área em 2020, mirando um lançamento comercial em 2030. O objetivo é chegar a velocidades de até 1 TB/s (terabyte, não terabit).

A Samsung Research, principal divisão de pesquisa e desenvolvimento da empresa, inaugurou o Advanced Communications Research Center com sede em Seul, Coreia do Sul, de acordo com o Korea Herald.

“A atual equipe de padrões de tecnologia de telecomunicações foi expandida para começar a liderar a pesquisa sobre redes 6G”, diz um executivo da Samsung. A divisão de P&D também trabalha em projetos de inteligência artificial e robótica.

A LG, por sua vez, anunciou em janeiro um centro de pesquisa sobre 6G em parceria com o KAIST (Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia). “Queremos obter antecipadamente as principais tecnologias da rede sem fio de sexta geração”, disse a empresa.

Samsung e LG são líderes em patentes do 4G, e querem expandir seu domínio em 5G e 6G. Elas não estarão sozinhas, é claro: a China avisa que iniciará suas pesquisas sobre redes de sexta geração em 2020, com o objetivo de dominar o setor até 2030.

6G mira em velocidades de 1 TB/s no espectro de THz

Mas afinal, o que é o 6G? O professor universitário Ari Pouttu, vice-diretor do programa 6G Flagship da Finlândia, diz ao VentureBeat: “eu não sei o que é o 6G; ninguém sabe”. Isso tem um bom motivo: o trabalho das instituições de pesquisa é justamente criar soluções para os problemas que o 4G e 5G não conseguirem resolver.

Existem dois pontos de partida atualmente: velocidade e espectro. A ideia é mirar em velocidades de 1 terabyte por segundo através de frequências acima de 1 THz (a tecnologia 5G usa faixas de gigahertz).

Claro, nada disso ainda é possível. Operar no espectro de 1 THz exigirá avanços em processadores, componentes e fontes de energia; por isso, quanto mais cedo as pesquisas começarem, melhor. Este ano, a FCC — equivalente à Anatel nos EUA — já abriu as frequências entre 95 GHz e 3 THz para fins experimentais.

Cada padrão de rede leva em torno de dez anos para ser desenvolvido; por isso, o lançamento do 6G está previsto para 2030. Pouttu acredita que a rede de sexta geração virá em uma era pós-smartphone.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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