Nvidia vai dar suporte a chips ARM para crescer em supercomputadores

Para Nvidia, computação de alto desempenho com base em chips ARM só tende a crescer

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Nvidia Tegra X1

Você provavelmente sabe que, além de GPUs e tecnologias para inteligência artificial, a Nvidia desenvolve soluções para computação de alto desempenho (HPC, na sigla em inglês). A companhia planeja aumentar a sua participação nesse segmento e, para tanto, anunciou que dará suporte à arquitetura ARM a partir de 2020.

O mercado de HPC é dominado pela arquitetura x86, com a Intel figurando de longe como a principal fornecedora de chips para o segmento. Apesar de oferecerem bastante desempenho, computadores x86 esbarram em um aspecto que ganha cada vez mais importância: consumo de energia.

A Nvidia espera que, por conta disso, o número de supercomputadores baseados em tecnologia da ARM aumente. Ninguém menos que Jensen Huang, CEO da Nvidia, explica o motivo: para o executivo, a ARM desenvolve a arquitetura de CPU com a melhor eficiência energética do mundo.

Quer dizer então que a Nvidia vai ter chips ARM em breve? Essa possibilidade não está descartada, até porque os chips Nvidia Tegra têm essa arquitetura como base — um exemplo é o Tegra X1, que equipa o Nintendo Switch. Mas o objetivo aqui está em dar suporte a supercomputadores com tecnologia ARM, não em desenvolver chips.

Na prática, isso significa que organizações que já têm ou pretendem ter soluções de HPC baseadas em arquitetura ARM poderão implementar tecnologias da Nvidia nesses equipamentos.

Nvidia + ARM

Mais de 600 soluções da Nvidia serão suportadas, com destaque paro o CUDA-X, conjunto de bibliotecas e ferramentas para aplicações aceleradas com a arquitetura CUDA da companhia. O CUDA-X pode ser usado tanto para otimizar aplicações de inteligência artificial quanto em computação de alto desempenho.

Um dos supercomputadores que serão beneficiados com a parceria entre Nvidia e ARM é o Fugaku, do instituto de pesquisa Riken, no Japão. O equipamento é baseado na arquitetura ARM e contará com aceleração via GPUs da Nvidia.

O plano é o de torná-lo um dos supercomputadores mais rápidos do mundo. A previsão é a de que o Fugaku entre em operação em 2021.

Com informações: VentureBeat.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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