Motoristas da Uber burlam GPS para deixar corridas mais caras

Ao habilitarem a economia de bateria do Android, motoristas conseguem aumentar valor das corridas em até 300%

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Aplicativo Uber

O aplicativo da Uber, assim como o de outras empresas, está sujeito aos mais diferentes golpes. Em um deles, noticiado pela BandNews FM, os motoristas burlam o GPS do celular para deixar as corridas até 300% mais caras. E o passageiro só descobre ter sido vítima de tal prática no final da corrida.

Conhecido como Treme Treme, o golpe só pode ser aplicado se os motoristas usarem um smartphone Android. Ao habilitar a economia de bateria, a localização por GPS fica menos precisa e o sistema é obrigado a dar voltas virtuais em torno do aparelho para encontrá-lo.

Ao final da viagem, a economia de bateria é desativada e o GPS finalmente encontra o celular. Porém, o trajeto feito virtualmente pelo sistema é registrado como se tivesse realmente acontecido. Com isso, a Uber entende que o motorista percorreu um caminho mais longo e atualiza o valor da corrida.

Como o celular do passageiro não apresenta nenhuma mudança durante a viagem, o golpe é percebido somente quando o trajeto termina e o valor oficial é mostrado no aplicativo. Segundo a Uber, motoristas que praticarem a irregularidade podem ser descredenciados da plataforma.

O golpes dentro de aplicativos de transporte são comuns. Um deles, conhecido como “golpe do vômito“, consiste em informar a Uber sobre uma sujeira supostamente causada pelos passageiros durante uma corrida.

A prática busca receber uma taxa adicional da empresa, que cobra valor extra dos passageiros devido ao transtorno. A taxa de limpeza desejada pelo golpe, disseminado em 2018 nos Estados Unidos e no México, variava entre US$ 80 e US$ 150.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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