Garmin Fenix 6 tem mais bateria e versão com carregamento solar

Relógios esportivos da Garmin têm GPS de até 60 horas e estão bem caros

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Garmin Fenix 6

A Garmin anunciou nesta quinta-feira (29) três novos relógios esportivos caros com GPS: Fenix 6, Fenix 6S e Fenix 6X. Eles trazem os recursos lançados na geração passada, como armazenamento para músicas, mapas topográficos na memória e NFC para pagamentos, mas ganharam duração de bateria maior e até uma versão com carregamento solar.

A linha Fenix continua dividida em três tamanhos: Fenix 6S (42 mm), Fenix 6 (47 mm) e Fenix 6X (51 mm). Além da tela, a diferença fica por conta da bateria, que no modo smartwatch é de 9 dias para o Fenix 6S e 21 dias para o Fenix 6X. A duração com monitoramento contínuo por GPS também varia bastante: 25 horas no Fenix 6S, 36 horas no Fenix 6 e 60 horas (!) no Fenix 6X.

Embora a Garmin não destaque essa informação, a melhoria da duração da bateria tem a ver principalmente com a troca do chip de GPS, que passou de MediaTek para Sony — um movimento que outras fabricantes de relógios esportivos também estão fazendo. Essa mudança tem causado problemas de precisão para algumas marcas, mas o DC Rainmaker gostou do GPS do Fenix 6X nos testes.

O Fenix 6X é o único com uma variante chamada Pro Solar: ela traz o Power Glass, um carregador solar transparente que fica sobre o vidro do relógio. A estimativa é que isso aumente a bateria de 21 para 24 dias no modo smartwatch, de 80 para 120 dias no modo de economia de energia (!) e de 60 para 66 horas no monitoramento contínuo por GPS. Um novo gerenciador de energia mostra quantos dias de bateria restante você tem, com base nos sensores ativados.

Garmin Fenix 6

Quanto às especificações, os relógios são à prova d’água (até 10 atm); têm 32 GB de memória flash para guardar até 2.000 músicas, inclusive com sincronização pelo Spotify; suporte ao trio GPS, Glonass e Galileo; compatibilidade com pulseiras QuickFit de 20, 22 ou 26 mm; e vidros Gorilla Glass 3, de safira ou Power Glass, dependendo do seu bolso.

No software, a Garmin implantou um recurso chamado PacePro, que te ajuda a manter o ritmo de corrida com base na elevação do terreno e nas preferências que você escolheu. É possível definir uma estratégia para uma prova, inclusive se você quer correr a segunda metade mais lento ou mais rápido do que a primeira. Em resumo, você deixa de fazer divisões por quilômetro, e passa a fazer divisões por variação de elevação.

Garmin Fenix 6

Os novos relógios também possuem mapas de 2.000 resorts de esqui ao redor do mundo pré-carregados; sensores de batimentos cardíacos e oxímetro de pulso (PulseOx), aclimatação de temperatura e altitude; previsões de corrida mais precisas, que não levam só o VO2 máximo em conta; e a própria estimativa de VO2 máximo mais ajustada, que considera a temperatura local.

Como de costume, os preços estão bem altos. As versões básicas do Garmin Fenix 6 e 6S, sem música, nem mapas, nem Wi-Fi, custam US$ 599. Com esses recursos, os preços pulam para US$ 699 (Fenix 6 e 6S) e US$ 749 (Fenix 6X). As versões com tela de safira variam de US$ 799 a 949. Por fim, o Fenix 6X Pro Solar com carregamento solar sai por até US$ 1.149.

Ainda não há previsão de lançamento no Brasil. A Garmin não opera mais no país e conta apenas com uma revenda oficial. Os modelos da geração passada são vendidos por preços entre R$ 6.399 e 6.799.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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