Zuckerberg promete não fazer mais promessas de Ano Novo

Após prometer consertar o Facebook por dois anos seguidos, Zuckerberg anunciou que fará planos de longo prazo

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Mark Zuckerberg, CEO do Facebook (Imagem: Anthony Quintano/Flickr)

Uma das tradições de Mark Zuckerberg no começo de cada ano é anunciar metas para próximos meses. Em 2018, ele prometeu corrigir problemas do Facebook e, em 2019, voltou a apresentar objetivos nesse sentido. Agora, ele parece ter desistido.

Zuckerberg disse que deixará de fazer promessas a serem cumpridas nos próximos meses para pensar em metas de longo prazo. “Em vez de desafios ano a ano, tentei pensar no que espero que o mundo e minha vida sejam em 2030 para garantir que estou me concentrando nessas coisas”, afirmou, em um post publicado em seu perfil.

Um dos pontos destacados pelo executivo se refere à forma como as redes sociais deverão tratar temas controversos. Embora Zuckerberg não tenha citado em seu texto, o Facebook tem recebido críticas por não ser tão rígido com desinformação, especialmente quando é disseminada por políticos.

Para o fundador do Facebook, plataformas não devem ter a palavra final sobre como lidar com assuntos como liberdade de expressão. “Não acho que as empresas privadas devem estar tomando tantas decisões importantes que tocam em valores democráticos fundamentais”, continuou.

O executivo defende que governos criem regras para resolver esses problemas, mas parece estar apenas interessado em formalizar uma autorregulamentação das redes sociais. Em seu anúncio, ele propôs um modelo como o do Comitê de Supervisão, que está sendo criado pelo Facebook para definir que tipo de conteúdo será permitido na plataforma.

Zuckerberg projeta furuto de WhatsApp e Instagram

As projeções para longo prazo também trataram de novas soluções a serem criadas nos próximos anos. Segundo o executivo, as plataformas deverão ajudar mais os pequenos negócios com recursos para vender pelo Instagram e transferir dinheiro pelo WhatsApp, por exemplo.

O WhatsApp, aliás, parece ser a grande aposta de Zuckerberg. Ele afirmou que, nos próximos cinco anos, as plataformas serão bem diferentes, com foco em interações privadas e em pequenas comunidades, exatamenta como acontece no aplicativo.

Pensando em dispositivos, Zuckerberg projeta que a realidade aumentada terá mais espaço. “Embora eu espere que os telefones ainda sejam nossos dispositivos principais durante a maior parte desta década, em algum momento da década de 2020, obteremos óculos de realidade aumentada inovadores que redefinirão nosso relacionamento com a tecnologia”.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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