Desmanche do Galaxy S20 Ultra mostra que reparo é complicado

iFixit deu nota 3 (de 10) para o Galaxy S20 Ultra em escala que mede facilidade de reparo

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Remoção da tela do Galaxy S20 Ultra (foto: iFixit)

Lançado pela Samsung em fevereiro, o topo de linha Galaxy S20 Ultra acaba de ter as suas entranhas expostas pelo iFixit. Logo no início do desmonte, o veículo diz que agora sabe o que aconteceu com os Galaxys do S11 ao S19: “eles foram comidos pelo S20 Ultra. O modelo é um monstro”.

É uma referência à configuração parruda do Galaxy S20 Ultra. A unidade desmontada tem tela de AMOLED Dinâmico de 6,9 polegadas, processador Snapdragon 865 (versão americana), 12 GB de RAM, 128 GB de armazenamento, bateria de 5.000 mAh e três câmeras na traseira (principal de 108 megapixels) acompanhadas de sensor de profundidade 3D.

Só que essa sofisticação toda não se traduz em facilidade de reparo. Pelo contrário: de uma escala que vai de 1 (reparo difícil) a 10 (reparo fácil), o iFixit deu nota 3 para o Samsung Galaxy S20 Ultra.

Desmanche do Galaxy S20 Ultra (foto: iFixit)

Remover os parafusos do smartphone é tarefa fácil porque eles são do mesmo tipo, portanto, uma única chave Phillips dá conta do recado. Mas as facilidades não vão muito além disso: o iFixit destaca que todo tipo de reparo exigirá que a tela seja removida, tarefa que requer bastante cuidado por conta da fragilidade do componente.

O desafio é maior na remoção da bateria, item que é bem grande, por sinal. Além de todos os cuidados necessários para retirá-la sem danificar componentes ou cabos próximos, é preciso ter paciência para remover a cola que a mantém muito bem presa. O iFixit diz até que a cola parece coisa do Venom.

Remoção da bateria do Galaxy S20 Ultra (foto: iFixit)

Não que a dificuldade de reparação tire os méritos do Galaxy S20 Ultra. O aparelho continua sendo um dos mais notáveis que a Samsung já fez. Mas os donos do modelo precisam ter em mente que, em caso de danos não cobertos pela garantia, a complexidade do reparo poderá fazer o procedimento custar caro, muito caro.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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